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quarta-feira, 9 de julho de 2025
POLÍTICA
Ao menos 16 deputados gaúchos podem trocar de partido para a eleição de 2026. Movimentos são acelerados pelas fusões e federações e decorrem de conflitos internos nas legendas e de busca por chances maiores de reeleição, entre outros motivos. Mudanças ocorrerão no ano que vem e vão mexer no tamanho das bancadas tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal
A reorganização partidária em curso no país a partir de fusões e federações está levando políticos gaúchos a redefinir seu futuro. Ao menos 16 deputados estaduais e federais do Rio Grande do Sul estudam trocar de partido nos próximos meses, de olho nas eleições de 2026.
A mudança leva em consideração fatores distintos, como rusgas internas, desconexão ideológica, dificuldade para se reeleger na atual legenda ou migração em grupo. A temporada de transferências foi aberta pelo deputado estadual Rodrigo Lorenzoni, que há duas semanas trocou o PL pelo PP.
Rodrigo saiu do PL após sucessão de divergências com a cúpula do partido no Estado e na esteira do caminho trilhado pelo pai, Onyx Lorenzoni, que também se filiou ao PP. O destino deve ser o mesmo de Cláudio Tatsch, ex-colega de bancada de Lorenzoni no PL e que vem negociando transferência com a direção do PP.
Rodrigo recebeu carta de anuência do PL para sair, mesmo instrumento concedido pelo MDB ao deputado federal Osmar Terra. Com origem no PCdoB e militância em organizações clandestinas de combate à ditadura militar, Terra tinha 40 anos de MDB. Todavia, estava isolado no partido por sua adesão ao bolsonarismo e vai assinar ficha em breve no PL, mesma legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Outros deputados que estão desconfortáveis em seus partidos são Any Ortiz, do Cidadania, e Daniel Trzeciak, do PSDB.
As duas siglas, que formam uma federação cuja vigência termina em 2026, seguirão rumos distintos. Enquanto o Cidadania se reaproxima da esquerda e flerta com o PSB na montagem de uma nova federação, o PSDB encolheu nas urnas e perdeu praticamente todas as lideranças nacionais após se aproximar do bolsonarismo. Com uma base eleitoral de direita e descontente com as movimentações recentes do partido, Any está praticamente acertada com o PP.
Já Trzeciak transita à vontade no bolsonarismo, mas teme disputar a reeleição por um PSDB cada vez menor. Assediado por várias siglas, tem conversas avançadas com o Republicanos.
Esvaziamento
Os tucanos, aliás, devem perder seus dois deputados federais pelo Rio Grande do Sul.Além de Trzeciak, Lucas Redecker também está de saída. O parlamentar seguirá o governador Eduardo Leite no PSD.
Pelo menos quatro dos cinco deputados estaduais do partido seguirão o mesmo caminho: Nadine Anflor, Valdir Bonatto, Pedro Pereira e Neri, o Carteiro. Da bancada estadual, apenas Kaká D?Ávila deve continuar no PSDB.
Outra legenda que deve minguar na Assembleia Legislativa é o União Brasil. Dos três deputados, dois estão prontos para sair, faltando apenas definir o destino.
Com receio de não conseguir se reeleger na federação formada com o PP, Thiago Duarte e Aloísio Classmann ainda fazem contas para verificar em qual partido é mais seguro garantir um novo mandato. Por enquanto, a preferência é pelo Republicanos.
Comandada por pastores e com forte penetração no eleitorado evangélico, a agremiação deve receber outros dois deputados estaduais. Único membro da antiga bancada do PTB a permanecer na legenda, rebatizada de PRD, Elizandro Sabino também é pastor e vê no Republicanos a forma mais tranquila de manter os votos de base religiosa. Todavia, ele também flerta com o MDB, para onde migrou sua esposa, a vereadora de Porto Alegre Tanise Sabino.
O Republicanos pode receber ainda Elton Weber, do PSB. Afinado com o PT no plano federal, o comando do partido cogita intervir no diretório gaúcho, afastando do poder o grupo de Weber e do deputado federal Heitor Schuch.
Além das divergências com a cúpula nacional, ambos enfrentam uma mudança no perfil do seu eleitorado, os pequenos agricultores familiares, um grupo que se afastou da esquerda e está cada vez mais sintonizado com o bolsonarismo. Dessa forma, Weber cogita migrar para o Republicanos, para o MDB ou para o PSD, este último o provável destino de Schuch.
Caso a intervenção se confirme, o diretório local será entregue para o ex-deputado Beto Albuquerque, mudança que abre espaço para a filiação de Manuela D?Ávila, ex-PCdoB. A ex-deputada também dialoga com PT e PSOL, outros possíveis destinos.
No outro polo do espectro ideológico, dois parlamentares de direita estudam trocar de partido em busca de siglas mais robustas. É o caso do deputado estadual Claudio Branchieri e do federal Maurício Marcon, ambos do Podemos, que devem ir para o PL.
Formalização só em março
Todas essas mudanças só devem se concretizar em março de 2026, quando se abre a janela de migração para deputados estaduais e federais. Até lá, eventuais trocas sem maiores riscos de perda do mandato só ocorrerão com carta de anuência, caso de Rodrigo Lorenzoni e Osmar Terra.
A legislação assegura manutenção do mandato ao parlamentar se houver desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal sofrida pelo político. Uma alternativa pode ser a formalização de fusão que dê origem a uma nova legenda. Em caso de federação, a regra deve ser estabelecida em estatuto. _
O cenário no Estado
Já trocaram de partido
Político Origem Destino
Rodrigo Lorenzoni PL PP
Onyx Lorenzoni PL PP
Já se desfiliaram, mas ainda negociam destino
Político Origem Destino
Manuela D?Ávila PCdoB PSB, PT ou PSOL
Osmar Terra MDB PL
Outras possíveis trocas
Político Origem Destino
Aloisio Classmann União Brasil Republicanos
Any Ortiz Cidadania PP
Claudio Branchieri Podemos PL
Cláudio Tatsch PL PP
Daniel Trzeciak PSDB PL ou Republicanos
Elizandro Sabino PRD Republicanos ou MDB
Elton Weber PSB Republicanos, MDB ou PSD
Heitor Schuch PSB PSD
Lucas Redecker PSDB PSD
Maurício Marcon Podemos PL
Nadine Anflor PSDB PSD
Neri, o Carteiro PSDB PSD
Pedro Pereira PSDB PSD
Thiago Duarte União Brasil Republicanos
Valdir Bonatto PSDB PSD
*A maioria das negociações é restrita aos bastidores e, por ora, boa parte dos parlamentares envolvidos nega intenção de mudar de sigla.
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