Baixa adesão dos gaúchos na Conferência do Meio Ambiente
Apenas 7,4% das prefeituras gaúchas participaram da etapa municipal da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Isso representa 37 de 497 cidades do Rio Grande do Sul. Os encontros antecedem o evento estadual, que ocorrerá entre 12 e 13 de março, e o nacional, em maio, em Brasília (DF).
O levantamento é do Instituto Internacional Arayara, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que envolve cientistas, gestores urbanos, engenheiros, urbanistas e ambientalistas. O gerente de Transição Justa e Sustentável do Arayara, engenheiro ambiental John Wurdig, cita algumas impressões sobre a baixa adesão:
- Primeiro, falta de informação. Segundo, a convocação sai em agosto, mas a mobilização mesmo no município sai no fim do ano, muito próximo das eleições, então muitas prefeituras trocaram o seu administrador. E tem o descaso dos municípios no que tange entender o contexto da emergência e das mudanças climáticas. Essa baixa adesão chancela a falta de conhecimento dentro da pauta da emergência climática. E temos também luta contra o negacionismo de tratar isso como política pública - explicou à coluna.
As conferências municipais têm o objetivo de envolver a população local na discussão da pauta ambiental, respeitando as especificidades de cada região. Lá, a população pode apresentar as principais demandas da sua realidade. As pautas construídas são levadas para as etapas estaduais e para a nacional.
O evento principal, que ocorrerá na capital federal, irá debater a emergência climática, junto com o desafio da transformação ecológica. Esta é a 5ª edição e marca a retomada após 11 anos da última conferência.
- Lá, é criado um grande documento norteador das políticas públicas do Brasil, da política pública ambiental e climática. Com essas prioridades que vão ser aprovadas, sai a carta de compromissos. Então, o governo tem um compromisso de que as suas ações se alinhem e sejam construídas de acordo com essa realidade - enfatizou. _
A Expedição Internacional de Circum-navegação Costeira Antártica chegou ao RS na sexta-feira. Foram 70 dias de missão.
Marinha localiza navio brasileiro torpedeado na 2ª Guerra Mundial
A Marinha anunciou que identificou a localização do naufrágio do Vital de Oliveira, navio brasileiro que foi torpedeado por um submarino alemão durante a Segunda Guerra Mundial. A embarcação naufragada foi encontrada neste mês, mais de 80 anos após o ocorrido. O casco está a cerca de 65 quilômetros do litoral de Macaé, no RJ.
O caso ocorreu em julho de 1944, próximo do Farol de São Tomé, quando um submarino da Alemanha disparou um torpedo que atingiu a embarcação. Registros apontam que cem pessoas morreram.
Agora, os dados coletados, além de passar por novas pesquisas, integrarão o Atlas dos Naufrágios de Interesse Histórico da Costa do Brasil, iniciativa voltada para a identificação e catalogação de embarcações naufragadas ao longo do litoral brasileiro. _
"Essa experiência me reescreveu", diz gaúcho que foi Jovem Embaixador
Com apenas 17 anos, Murilo Ferreira Ribeiro, morador de Imigrante, no Vale do Taquari, participou em janeiro do programa Jovens Embaixadores de 2025. Ele passou quase 20 dias nos EUA, em uma espécie de intercâmbio cultural.
Murilo ficou na cidade de Pensacola, na Flórida. Ele partiu do RS no dia 6 de janeiro, mas antes de chegar em território americano, esteve em Brasília, onde, junto aos outros jovens, passou por um período de orientação. De lá, rumou aos EUA e foi para Pensacola, conhecer o casal Elizabeth (70) e Basil (74) e a filha Leah (38), sua host family, ou seja, a família que o acolheu.
- Eles só falavam em inglês, uma família 100% americana. Minha host mom era professora de faculdade, então tinha algum conhecimento em espanhol e conseguia entender alguma coisa quando eu não conseguia falar alguma palavra, mas a maior parte do tempo em inglês - explicou à coluna.
Cotidiano
Segundo Murilo, o seu cotidiano era, nas palavras dele, um "dia a dia bem americano":
- De manhã, eles me levavam para escola, eles não trabalhavam. Mas saíam para ir ao pilates, e outros afazeres. De tarde, me buscavam na escola e de noite jantávamos ou saíamos. Eles também convidavam amigos para ir lá.
As aulas ocorriam dentro de uma universidade, junto a outros Jovens Embaixadores que também estavam na mesma cidade. O grupo de 29 foi dividido em duas equipes: parte foi para a Flórida e outra parte para Ohio:
- Fazíamos atividades diversas, todo dia uma coisa diferente. Em uma segunda passamos a manhã em sala de aula. De tarde, fomos para a prefeitura de Pensacola. Lá, recebemos o título de cidadão honorário. Na terça, fomos fazer voluntariado. Não era muito conteúdo, era bastante prática. Um dia fomos para a Universidade da Flórida e aprendemos sobre agricultura, sobre enchentes e chuvas.
Agora, de volta a Imigrante, Murilo planeja tirar um período para pensar nos próximos passos quanto a graduação e, quem sabe, até voltar para os Estados Unidos:
- Essa experiência me reescreveu por inteiro. Minha percepção sobre o Brasil, sobre os EUA, sobre outras culturas, sobre mim mesmo. Eu aprendi que temos que viver, temos de dar a cara a tapa. Foi esse o meu maior aprendizado. E saber que não é impossível. _
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