sábado, 26 de maio de 2012



26 de maio de 2012 | N° 17081

ANTONIO AUGUSTO FAGUNDES

Fechando a porteira

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; 

tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz”. Eclesiastes 3

    Eu já tive tempo para tudo. Agora é tempo de parar.

    Mas é tempo também de agradecer as pessoas maravilhosas que encontrei na Rádio Gaúcha, na Zero Hora e na RBS TV. Na Rádio Gaúcha, o meu grande amigo foi Flávio Alcaraz Gomes, uma pessoa incrível. Quando Darcy Fagundes adoeceu, eu sugeri ao Flávio que assumisse o programa Galpão do Nativismo o meu irmão Julio César Fagundes, que tinha experiência de rádio.

Então, o Flávio me disse que era pena, porque ele já tinha o substituto do Mano Velho. Entristecido, perguntei-lhe quem era, e ele só disse uma palavra: “Tu”. Foi assim que eu comecei na rádio onde estive muitos anos. No primeiro programa que fiz, recebi um telefonema.

“Quem é?”, perguntei. “Maurício”, respondeu. Pensei que era gozação de algum amigo meu e mandei-o longe. “Que é isso, Nico? Sou eu mesmo e telefonei para te dar parabéns”. Era mesmo o grande Maurício Sirotsky, sempre gentil e atento na grande empresa que comandava.

Fiquei sob as ordens de Flávio Alcaraz Gomes, que riu muito quando eu disse que não podia fazer rádio porque não tinha “voz microfônica”... Depois, na Rádio Gaúcha, fui comandado por Domingos Martins Sobrinho, que me deu lições preciosas e sob cujas ordens eu fiquei anos, até adoecer.

    Na TV, os meus grande amigos foram, primeiro, Alfredo Fedrizzi e Claro Gilberto, este louco de atar! Depois, a santíssima trindade do Galpão Crioulo, pessoas muito queridas que sempre me ajudaram e protegeram: Rosana Orlandi, Fernando Alencastro e Gino Basso. Acima deles, a queridíssima Alice Urbim. E os técnicos, os motoristas, que sempre me levaram ao coração do povo, cinegrafistas, como o Maguila, o Jorginho e o Caçapava, amigos que ficam para sempre

    Na Zero Hora, fui sempre prestigiado pelo Marcelo Rech, que elogiava o meu texto, e pela Cláudia Laitano. Naquele tempo, a gente redigia na redação. Agora, com a tecnologia do e-mail, tudo ficou mais simples. Obrigado, grande Marcelo.

    Agora, na hora de fechar a porteira, a minha maior gratidão tem que ser para este público maravilhoso que sempre me prestigiou e, a rigor, continua me prestigiando. Carinho desses não tem preço. Muito, muito obrigado! Peço que transfiram todo esse carinho para o Neto Fagundes.

    Até (não sei quando), gaúchos e gaúchas de todas as querências!

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