segunda-feira, 3 de maio de 2010



03 de maio de 2010 | N° 16324
ARTIGOS


Descongestionamento, por Cláudio Brito*

Alguma providência tinha mesmo que ser anunciada. Quem dirige ou é passageiro na BR-116, no trecho do Vale do Sinos a Porto Alegre, festeja o convênio entre Dnit e Polícia Rodoviária Federal que permitirá remoções e guinchamentos mais ágeis de veículos acidentados ou em pane.

Assim, não mais deverá ocorrer o absurdo de se ver um caminhão dependurado em um viaduto várias horas porque não se sabia quem deveria operar a retirada.

Enquanto isso, o congestionamento feito procissão de vários quilômetros. Antes que fiquem prontas as novas rodovias em construção, muito se pode fazer para melhorar a vida dos milhares de motoristas e passageiros que, todos os dias, precisam cruzar aquele pedaço da Região Metropolitana.

Em horas que todos sabem, nas manhãs até 10h e nos fins das tardes, de segunda a sextas-feira, é jogo duro. Então, que se amplie a fiscalização para impedir, por exemplo, o uso criminoso dos acostamentos por condutores malandros, que escapam da fila e correm pela beira da estrada.

Patrulheiros em motocicletas poderiam andar por ali nesses momentos. Se furgões, caminhões e até ônibus eu vejo diariamente cometendo essa transgressão naquele espaço estreito, nada impede que um motociclista percorra o acostamento para obstruir a tentativa de quem quer ser mais esperto que a maioria.

Os motoristas também podem contribuir, deixando de lado a ideia do drible de escapar pelos lados. Devem evitar reduzir a marcha até quase parar, só pela morbidez de querer espiar acidentes do outro lado da pista.

Escalonamento de horários seria outra saída. Os caminhões pesados rodariam em horas distintas dos automóveis. Entre os grandes, preferência para os ônibus. Primeiro as pessoas, depois as cargas.

Ônibus e carretas devem obedecer à regra de andar pela direita, deixando espaço para os carros mais velozes. Quantas vezes, um ônibus e um caminhão ocupam, lado a lado, toda a estrada, formando-se então uma parede que impede o avanço dos automóveis.

É quando vai engrossando o comboio interminável. As fugas por dentro de Canoas já são insuficientes para diminuir o drama. Na hora do pique, não tem jeito. É tanta sinaleira na Avenida Guilherme Schell, que até fica pior o caminho. Foi numa dessas que transmiti o “Gaúcha, 19 horas” usando um telefone celular.

Parei o carro e comecei o programa entrevistando as pessoas que corriam e faziam ginástica no Parque Eduardo Gomes. Sei que chegamos ao limite. Faz 18 anos que estou nessa estrada. Antes das obras terminarem, é preciso mudar comportamentos e ações para tentarmos o descongestionamento.

Ótima segunda-feira e uma gostosa semana para você

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