27 DE DEZEMBRO DE 2017
CENTRO HISTÓRICO
Forma de abordagem terminou em divergência e saída de secretária
Meses atrás, a situação no viaduto foi motivo de divergências entre a então secretária de Desenvolvimento Social, Maria de Fátima Paludo, e o prefeito Marchezan. Enquanto a defensora pública aposentada propunha a retirada de moradores de rua "com uma abordagem humanizada", seguida de revitalização da área, Marchezan insistia em uma proposta mais abrangente, para toda a cidade.
Diante do entrave, Maria de Fátima resolveu deixar a pasta. Hoje, a secretaria está sob responsabilidade de uma gestora interina, que preferiu não comentar o assunto. O gabinete do prefeito não informou previsão de nomeação de novo secretário.
O trabalho iniciado sob o comando de Maria de Fátima, que era tratado como revitalização do monumento, incluía diferentes órgãos, como Fasc, Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Guarda Municipal e Secretaria Municipal da Saúde. A desocupação também contaria com a presença da Defensoria Pública do Estado. Uma ação prévia chegou a ser colocada em prática, na qual pessoas em situação de rua que viviam no viaduto foram comunicadas sobre a desocupação e as possibilidades de encaminhamento.
Pessoas morando em vias da Capital não são novidade, mas números mostram que a situação tem se intensificado nos últimos anos. Um levantamento realizado pela UFRGS no ano passado mostrou que o número de pessoas em situação de rua na Capital aumentou pelo menos 75% de 2008 para cá, ultrapassando 2 mil.
A Fasc mantém 10 equipes que fazem abordagem social - a do Centro, além de ser maior, trabalha com horário ampliado.
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