26 DE DEZEMBRO DE 2017
POLÍTICA +
MILHÕES A PAGAR ALÉM DOS SALÁRIOS
Na última semana do ano de 2017, além de pagar parte do funcionalismo, o governo do Estado terá de quitar contas que há algumas semanas já deveriam ter sido liquidadas. Por isso e por outros fatores, ainda é dúvida quanto sobrará de dinheiro em caixa para os salários de dezembro dos servidores do Executivo.
Por enquanto, por falta de recursos, não foram repassados aos bancos os empréstimos consignados retidos na hora da quitação dos vencimentos nem a contribuição associativa para os sindicatos - juntas, essas despesas somam R$ 170 milhões. Também deverão ser creditados os valores da cota da saúde, de R$ 180 milhões, e as parcelas dos duodécimos dos poderes, de R$ 340 milhões. Outra conta a pagar que entra na tabela da Secretaria da Fazenda são os R$ 60 milhões a título de indenização por atraso no pagamento dos salários desde 2015 e do 13º de 2016, que também foi parcelado. A lei aprovada na Assembleia em novembro diz que esse valor deveria ser pago no mês subsequente.
Nesta semana, para cobrir esses gastos, que chegam a R$ 750 milhões (sem contar a folha), o Tesouro conta com recursos do ICMS (combustíveis, telecomunicações e energia elétrica), de cerca de R$ 450 milhões, e da antecipação do IPVA, de R$ 700 milhões (metade vai automaticamente para o município de origem da placa). Se o governo não furar a fila das despesas, a tendência é de que o valor a ser pago no dia 28 aos servidores públicos seja bem menor do que os R$ 1,6 mil do mês anterior.
Mais adiante, um provável alívio no caixa poderá vir da venda de parte das ações do Banrisul, transação anunciada no ano passado, mas adiada para março de 2018 devido às "condições desfavoráveis do mercado". O Piratini chegou a cogitar a possibilidade de arrecadar R$ 3 bilhões com a operação - previsão superotimista, segundo especialistas.
O governo do Estado também joga as fichas na adesão ao regime de recuperação fiscal com a União, porém, o dinheiro oriundo de empréstimo deve demorar a chegar.
Integrantes do time do ex-presidente Lula, Chico Buarque, Fernando Haddad, Lindbergh Farias, Eduardo Suplicy, Jaques Wagner e outras figuras públicas participaram, no sábado, de uma partida que inaugurou um campo de futebol frequentado por membros de movimentos sociais, em Guararema (SP).
A um mês do julgamento do ex-presidente pelo TRF4 no caso do triplex de Guarujá, o evento se transformou em ato político antes mesmo de se iniciar. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o juiz da partida, Juca Kfouri, avisou aos jogadores que poderiam chamá-lo de Juca Moro e que um "tal de Lula" já havia sido avisado de que começaria o jogo advertido. A cena foi uma referência a Sergio Moro e ao discurso de perseguição política entoado por petistas.
Ao ver Lula errar um pênalti, Kfouri deu-lhe outra chance. O ex-presidente acertou o segundo chute em direção ao gol e comemorou tirando a camisa, pretexto do árbitro para, então, expulsá-lo na primeira advertência.
Lula optou por não discursar durante o jogo.
LULA FUTEBOL CLUBE
DÉBORA CADEMARTORI
Nenhum comentário:
Postar um comentário