20 DE NOVEMBRO DE 2017
MANUTENÇÃO
Símbolo do Moinhos precisa de reformas
FECHADA HÁ DOIS ANOS, construção poderá ser revitalizada por um grupo de empresas
Em um dos cenários mais bonitos do Moinhos de Vento, padece um símbolo do bairro, fechado há dois anos. A cor da réplica de moinho açoriano do Parcão já quase nem aparece, em razão de desgaste e sujeira. Algumas rachaduras também saltam aos olhos de quem observa através das grades - a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) informou que desconhece a gravidade delas, mas vai encaminhar um técnico para avaliar.
Ponderando que adora o Parcão, a enfermeira Simone Lara, 60 anos, comenta:
- Ele está malcuidado (o moinho), realmente, não tem pintura e a gente não pode mais entrar. Mas o que não está destruído na cidade?
Até agosto de 2015, era possível conhecer o interior do moinho. Ele foi projetado em 1982 para ser o prédio da administração e, desde 2004, passou a ter um papel lúdico: abrigava a Biblioteca Infantil Maria Dinorah. Após problemas de infiltração, foi fechado. A biblioteca foi realocada para uma cabana ao lado da passarela, com área muito menor, onde está até hoje. Parte do acervo precisou ser levada para a Biblioteca Jornalista Roberto Eduardo Xavier, também administrada pela Smams, na Avenida Carlos Gomes.
A secretaria não tem previsão para reformar o moinho. Mas as empresas que adotaram o Parcão em abril deste ano (Zaffari, Panvel, Melnick e Hospital Moinhos de Vento) garantem ter planos para o cartão-postal. A engenheira civil Cláudia Lima, que coordena o projeto na Melnick, relata que, no momento da adoção do Parcão, foram elencados serviços obrigatórios e outros complementares.
- Dentre os serviços complementares, está a reforma do moinho, a fim de reativar esse espaço tão marcante e emblemático para o parque - complementa.
Ela afirma que a prioridade é a realização de melhorias de drenagem - que "ainda dependem de tratativas entre secretarias da prefeitura" -, para depois começarem as revitalizações dos espaços. Conta que será feita a limpeza e a pintura da fachada externa do moinho, reforma do telhado e das instalações elétricas e hidráulicas, reforma dos banheiros e revitalização do espaço interno, incluindo a restauração do piso e das escadarias de madeira. A data não está definida, mas a previsão é de iniciar as obras no primeiro trimestre de 2018.
JÉSSICA REBECA WEBER
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