sexta-feira, 10 de novembro de 2017


10 DE NOVEMBRO DE 2017
ENCARE A CRISE

O que levar em conta ao abrir uma franquia


PREÇO, SETOR E PERFIL DO EMPREENDEDOR estão entre os fatores importantes a serem avaliados por quem quer investir

Sonho de muitos brasileiros que pretendem começar a empreender, as franquias têm crescido em rede de lojas e faturamento a cada ano. Conforme a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a receita deste tipo de negócio cresceu 6,8% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo entre unidades abertas e fechadas foi de 1,9% no período. O Salão do Empreendedor, que ocorre hoje em Porto Alegre, é uma boa oportunidade para quem está considerando essa ideia (leia mais no quadro abaixo).

Apesar da euforia, buscar uma franquia exige cautela e planejamento. Empreender em áreas em que se tenha certa familiaridade eleva as chances de o negócio prosperar. Também é fundamental analisar os setores econômicos mais prósperos para decidir em qual franquia aplicar.

- O perfil do empreendedor que procura as franquias é aquele que quer assumir riscos calculados, pois há maior segurança em razão de ser um modelo testado e com suporte. Por outro lado, há menor margem para inovação, o que pode desinteressar o empreendedor que não quer se apegar a regras - explica Fábio Krieger, gerente da Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae-RS.

Outro balizador da escolha é o preço para abrir uma unidade. Em geral, as franquias mais baratas estão no setor de serviços. Nesses casos, o franqueador fornece marca, treinamento e suporte, e o franqueado garimpa clientes. Uma das vantagens do formato é que o empresário pode gerenciar mais de uma empresa no mesmo ambiente.

Mas é importante estar atento aos riscos do setor. Um dos principais é que a franqueadora, na pressa de levar sua marca a novos mercados, venda a ideia de que o negócio é mais rentável do que a realidade. Outra ameaça é a falta de suporte do franqueador conforme cresça a rede de franqueados e o quadro de representantes.

O relacionamento com o dono da marca também pode atrapalhar. De acordo com Evelyn Coco, coach especializada em carreiras, para reduzir os riscos de atrito, é fundamental conhecer os valores da marca e a forma como lida com clientes e fornecedores:

- É preciso se identificar com o setor e o negócio, senão, o risco de se frustrar é grande.

erik.farina@zerohora.com.br

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