Geraldo, um brasileiro do andar de baixo, salvou aflitos rumo ao Enem
Geraldo Casalli tem 53 anos, é motorista da Viação Suzantur, de São Carlos (SP), onde ganha R$ 1.900 mensais, com carteira assinada. Às 12h30 do domingo passado, ele chegou ao ponto final de seu percurso com 15 jovens aflitos que iam para a prova do Enem. Uma garota contou-lhe que estavam a quarteirões de distância e corriam o risco de perder a hora.
Pediu-lhe que espichasse sua rota, levando-os até o local da prova. Ele pensou nas duas filhas, Ana Claudia e Dayane, e atendeu-a. No dia seguinte, a história de Geraldo estava na rede. Ele foi elogiado pela Suzantur e a empresa anunciou que hoje mudará o percurso de quatro de sua linhas, levando estudantes aos portões da prova.
Pediu-lhe que espichasse sua rota, levando-os até o local da prova. Ele pensou nas duas filhas, Ana Claudia e Dayane, e atendeu-a. No dia seguinte, a história de Geraldo estava na rede. Ele foi elogiado pela Suzantur e a empresa anunciou que hoje mudará o percurso de quatro de sua linhas, levando estudantes aos portões da prova.
Geraldo Casalli é um grande brasileiro. Não só pelo que ele fez no domingo passado, mas também pela sua história. Sempre trabalhou como caminhoneiro, mas nunca teve caminhão. Trabalha há nove meses na Suzantur, depois de ter ficado um ano desempregado, vivendo de bicos. Sua mulher é zeladora num colégio, com pouco mais de R$ 1.000 de salário. Vivem numa casa modesta, porém própria.
O casal educou Ana Claudia e Dayane em escolas públicas e elas nunca repetiram ano. Ambas formaram-se em pedagogia. Uma, com 23 anos, tem mestrado e trabalha com crianças que têm necessidades especiais. Está noiva e deve se casar em 2019. A outra deve começar no primeiro emprego nas próximas semanas.
O casal educou Ana Claudia e Dayane em escolas públicas e elas nunca repetiram ano. Ambas formaram-se em pedagogia. Uma, com 23 anos, tem mestrado e trabalha com crianças que têm necessidades especiais. Está noiva e deve se casar em 2019. A outra deve começar no primeiro emprego nas próximas semanas.
Dirigindo caminhão, Geraldo nunca foi assaltado, "graças a Deus". No seu ônibus, já assaltaram o trocador. Geraldo é um homem comum, com uma família comum e bem-sucedida. A quem lhe pergunta se em 53 anos de vida aconteceu-lhe alguma coisa que considere memorável, responde o seguinte: "Nada, só esse caso de domingo passado, mas eu não estava pensando nisso".
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