04
de maio de 2012 | N° 17059
PAULO
SANT’ANA
Estourou no
Tarso
Os
sucessivos governos que antecederam Tarso Genro no Piratini maltrataram
salarialmente, de forma cruel, os funcionários públicos estaduais nos últimos
20 anos, que um dia haveria de estourar uma avalancha de pleitos do
funcionalismo.
Tarso
Genro vem sendo tiroteado por todos os lados com pretensões de aumentos. E
diga-se que se tem saído bem, embora, por exemplo, tenha prometido aos
delegados de polícia um platô salarial que só se realizará em 2018.
Como
disse um delegado de polícia que estava presente na Assembleia de sua classe
quando isso foi tratado, só gozará desse aumento em 2018 aquele homem que
estiver casado então com sua atual mulher, pois ele não mais existirá para assistir
a essa pensão sucessória.
É um
massacre o que fazem com os funcionários esta- duais do Executivo, decorrendo
anos a fio sem qualquer aumento ou então com algumas migalhas de reajuste de
cinco em cinco anos.
O
certo e o justo é o que acontece com os magistrados, os promotores de Justiça,
os procuradores, os conselheiros do Tribunal de Contas, que todos os anos,
infalivelmente, recebem aumentos para enfrentar a inflação maquiada pelo
governo federal. Não fosse assim e iriam se juntar ao séquito maldito dos
funcionários do Executivo, que vivem à míngua, a pão e água.
Os
servidores do Executivo não recebem nada, são os primos pobres do
funcionalismo.
Houve
entre eles quem abandonasse a função pública por indigência. Os que restaram
acabaram mergulhando numa miséria de dar dó, descendo na escala social até
quase a mendicância.
Vamos
ver como Tarso Genro atenua esse dramático impasse.
Deus
o inspire a fazer justiça.
Os
funcionários estaduais da Secretaria da Saúde estão angustiosos pela provável
proposta que o governo fará para aumentar seus salários.
O
pessoal da Saúde estadual está ganhando muito pouco e são relevantes os
serviços que prestam à coletividade gaúcha.
Espera-se
sensibilidade profunda do governo para a formulação da proposta.
Quarenta
deles me procuraram e me pediram para que intercedesse por eles. Disseram-me
confiar em um poder de persuasão que não sei onde visualizaram nesta coluna.
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