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quinta-feira, 6 de maio de 2010
06 de maio de 2010 | N° 16327
PAULO SANT’ANA
Holocausto com as motos
Apesar de se constituírem em apenas 11% da frota de veículos de Porto Alegre, as motocicletas são responsáveis por 30% das mortes em acidentes de trânsito na Capital.
E as motos são responsáveis por 40% dos acidentes em que há lesão corporal em nossa cidade.
Do ano de 2000 até o ano passado, houve 517 mortes em acidentes envolvendo motos em Porto Alegre.
Antes se sabia que as mortes em acidentes com motos vitimavam os motociclistas.
No entanto, de uns dias para cá, aconteceu a grande novidade: houve vários atropelamentos de pedestres por motociclistas.
O que quer dizer que aumenta dia a dia a velocidade empregada por grande parte dos motociclistas em nossa cidade.
As autoridades vão ter de tomar providências para conter a ânsia por velocidade de muitos motociclistas. É muita morte e muito acidente envolvendo motos. É demais.
Além da professora que foi morta atropelada por uma moto em cima da faixa de segurança, na Avenida Benjamin Constant, outra professora foi atropelada por moto na Avenida Nilo Peçanha, ontem, em cima da faixa de segurança, como conta um médico do Hospital de Pronto Socorro à coluna:
“Caro Sant’Ana. A fim de colaborar com tua coluna de hoje, como plantonista do HPS, de plantão nesta quarta feira, dia 5 de maio, no setor de cirurgia bucomaxilofacial, onde presenciamos as consequências dessa guerra urbana: sobreviver nas grandes cidades. Registro que acabo de atender mais uma vitima, também professora, 30 anos, que foi atropelada em frente ao Colégio Anchieta, na Avenida Nilo Peçanha, agora à tarde.
Confiando na faixa de segurança, onde todos os carros estavam parados, ela foi abalroada por um motoqueiro que rompeu o limite da racionalidade e, em cima da faixa de segurança, atingiu essa pedestre, que estava indo encontrar seu namorado, que do outro lado da rua assistia apavorado ao acontecido.
Após os exames clínicos e de imagem, a paciente, depois de um grande susto, somado ao trauma emocional e com diversas escoriações, edemas e hematomas, foi liberada, sem fraturas, estável, mantendo controle e acompanhamento ambulatorial.
Mas até quando? Até quando teremos que conviver com constantes desafios da física? Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no tempo e no espaço. Ali adiante poderá ser uma criança, que confiante nas campanhas, embebida pela ilusão infantil, estende a mão, espera os carros pararem na faixa de segurança e é surpreendida por um bólido motoqueiro. Poderá ser meu filho, teu neto.
Quem será o próximo a ser atingido nessa verdadeira roleta da vida, que acontece nos nossos dias, com os nossos afetos, na nossa cidade: atravessar a faixa de segurança?
Minhas considerações, com a esperança de que com o engajamento de tua coluna nesse assunto possa, de uma vez por todas, auxiliar na modificação do comportamento da sociedade porto-alegrense, não mais aceitando passivamente a morte dos seus, exigindo uma solução dos responsáveis, e julgando os coniventes.
Atenciosamente, por uma sociedade melhor! (as.) Sérgio A. Schiefferdecker, cirurgião bucomaxilofacial, plantonista do HPS/ SMS”.
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