Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
05 de maio de 2010 | N° 16326
PAULO SANT’ANA
As motos assassinas
Vejam o caso da senhora Maria Paula Leal, 43 anos, acontecido anteontem à noite na Avenida Benjamin Constant, na Capital.
Ela estava se dirigindo para a Paróquia São João, atravessou a faixa de segurança no cruzamento da avenida, quando viu que um cego estava tendo dificuldades para realizar a travessia no sentido contrário.
Solicitamente serviu ajuda ao cego, transportando-o pela faixa de segurança e fazendo-o atravessar a pista.
Ao retornar, ainda pela faixa de segurança, foi atropelada e morta por um motociclista.
Como é o destino das pessoas! Se ela não tivesse se condoído com o cego em dificuldades para atravessar a pista da avenida, estaria a esta hora sã e salva.
Mas seu imperativo dever de solidariedade fê-la voltar e ajudar o cego.
Encontrou a morte pelo seu altruísmo.
Como são intrigantes os descaminhos da existência e os caminhos para a morte.
Se o coração dessa mulher não tivesse compaixão, ela não teria morrido como mais um dos milhares de mártires do nosso trânsito.
Agora, a questão objetiva: o motociclista atropelou a vítima em alta velocidade e em cima da faixa de segurança.
Grave transgressão que custou a vida de uma pessoa humana.
Segundo a EPTC, são 12 acidentes diários com motocicletas que causam lesão corporal no mínimo, em Porto Alegre.
E já somam 40% dos acidentes gerais os acidentes com motos.
É um morticínio.
Antes, temíamos todos a sorte dos motociclistas: as motos são muito vulneráveis a qualquer choque, os corpos dos motociclistas ficam expostos a nu em cima da geringonça, são milhares os que morrem em acidentes.
Só que nos últimos dias, em Porto Alegre, ao grupo de risco dos motociclistas somou-se um outro grupo de risco nos acidentes de moto: o dos pedestres atropelados pelas motos.
Tudo pela velocidade desregrada, pela ânsia de chegar à frente de todos os veículos que domina os motociclistas.
A gente anda dirigindo pelo trânsito e vê passar zunindo, pela nossa direita ou esquerda, as motocicletas apressadas.
E vão se amontoando as vítimas de acidentes com motos, que atingiam antes os próprios motociclistas e agora deram para ceifar as vidas dos pedestres atropelados pelas motos.
Para uma moto matar um transeunte, é necessário que ela viaje em alta velocidade. E elas viajam em alta velocidade, sob as vistas aturdidas dos motoristas e descaso completo das autoridades.
Urge uma campanha a ser difundida em todos os meios de comunicação para alertar contra a imprudência dos motociclistas. Alguém vai ter que pôr um paradeiro nesses acidentes com motos. As infrações dos motociclistas se amontoam aos milhares e nada se faz para interrompê-las.
Somente a educação dos motociclistas pode diminuir o índice de tragédia em que eles se envolvem no trânsito.
O Detran e a EPTC precisam urgentemente se engajar em campanhas e providências que visem a atenuar densamente essa montanha de vítimas das motos.
A ação desta coluna é somente esta: alertar para o nível assustador a que chegou essa calamidade irresponsável dos motociclistas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário