Babilônia,
berço da civilização Detalhe da capa do livro REPRODUÇÃO/JC Em Babilônia (Zahar, 380 páginas, impresso R$ 69,90 e e-book R$ 49,90, tradução de Vera Ribeiro e revisão técnica de Marlene Suano), de Paul Kriwaczek, viajante, jornalista, diretor e roteirista da BBC por mais de 25 anos, é um retrato profundo e fundamentado sobre a antiga Mesopotâmia.
A narrativa cobre o período que foi de 5.400 a.C. até a tomada do reino babilônico pelos persas, no século VI a.C., retratando a ascensão e a queda do poder dinástico no extenso período. Paul Kriwaczek nasceu em Viena em 1937, formou-se em odontologia em Londres e passou uma década trabalhando no Irã e no Afeganistão.
Fez extensas viagens pela Ásia e pela África e, depois, teve longa carreira no jornalismo. Fluente em oito idiomas, entre eles o persa e o híndi, Kriwaczek escreveu Yiddish Civilisation e In search of Zarathustra. Em Babilônia - o portal dos deuses mostra seu apogeu no reinado do soberano amorita Hamurabi, que unificou a cidade entre 1800 e 1750 a.C. Mesmo depois de seu declínio e da tomada pelos persas, Babilônia seguiu imortal pela sua gigantesca importância como centro cultural, religioso e político por mais de 4 mil anos.
Pela sua amplitude, fascínio e abrangência, a obra de Kriwaczek é considerada referência obrigatória na bibliografia sobre o mundo antigo. As terras da Babilônia testemunharam o nascimento da escrita e da literatura, da educação e do direito, da engenharia civil e da matemática. Sua população foi a primeira a dominar a roda e a controlar o vento nas velas de suas embarcações, além de ter aperfeiçoado os conceitos de número e peso.
O rei Hamurabi deixou para a posteridade o Código de Hamurabi, marco do Direito na civilização ocidental. A escrita cuneiforme, o nascimento do Estado centralizado, da religião organizada, entre outras coisas fundamentais, são herança da Babilônia, o berço da civilização, que nos servem até a atualidade. Com pesquisa sólida, profunda e atualizada e através de uma narrativa sedutora, o autor estabeleceu um imenso painel envolvendo política, história, mito e cultura e nos possibilita entender muito do que vivenciamos agora.
Para o autor, em síntese, a história deve instrumentar as preocupações atuais e não ser apenas um antiquarismo autogratificante.
lançamentos
Questão disputada sobre as criaturas espirituais (É Realizações Editora, 254 páginas, tradução de Carlos Nougué) é uma das mais importantes disputas dialéticas de São Tomás de Aquino.
Questões de metafísica, angeologia, gnosiologia e antropologia são tratadas, para explicar como operam as criaturas espirituais, utilizando finas analogias com a natureza humana. O segredo dos Goblins (Rocco Jovens Leitores, 238 páginas, tradução de Waldéa Barcellos), narrativa infantojuvenil do premiado autor best-seller cubano-americano William Alexander, narra a saga de um garoto que entra para uma trupe teatral de Goblins, para encontrar seu irmão desaparecido.
Família, amor, identidade e poder das palavras estão na obra. Ladies in Lavender - Damas em lavanda (Class, 54 páginas), conto de William John Locke, com tradução e ensaio da escritora e tradutora Fernanda Mellvee, pseudônimo de Fernanda de Mello Veeck, traz uma estória de fadas na Cornualha, envolvendo amores tumultuados e superação. A obra inspirou O violinista que veio do mar do diretor Charles Dance, protagonizado por Judi Dench e Maggie Smith. -
Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/02/colunas/livros/613778-babilonia-berco-da-civilizacao.html
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