Jaime
Cimenti
Nova edição revista de O nome da
rosa
O
nome da rosa, do semiólogo, professor e escritor italiano Umberto Eco, nascido
em Alexandria em 1932, é um dos romances mais marcantes das últimas décadas,
por sua forma, conteúdo e repercussão mundial. Achava-se que a trama envolvendo
um mosteiro de franciscanos na Idade Média com citações em latim, toques
pós-modernos e homenagens a personagens e escritores clássicos fosse interessar
a um ou dois mil leitores.
Como
a vida dos livros é por vezes tão surpreendente quanto a vida das pessoas, o que
ocorreu, se sabe: foram vendidas milhões de cópias no mundo todo e a narrativa
foi transformada em filme com direção de Jean-Jacques Annaud e estrelada por
Sean Connery e Christian Slater.
O
filme recebeu o mesmo título do livro. O best-seller que encantou leitores e
críticos, coisa algo rara, agora teve nova edição no Brasil a partir de edição
lançada em 2011 na Itália, lançada após revisão do autor. Eco decidiu tornar o
romance que lhe deu fama mundial mais acessível aos novos leitores, corrigindo
algumas falhas e tornando mais leves as citações em latim. A história trata de
fatos ocorridos na Itália, em 1327.
O
frei Guilherme de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de
heresias em um mosteiro franciscano. Porém, a morte de sete monges em sete
dias, em circunstâncias insólitas e violentas, muda o rumo das investigações.
Marcado pela ironia do autor, o texto é repleto de mistérios, símbolos secretos
e manuscritos codificados, mas também explora profundas questões filosóficas.
Umberto Eco era conceituado e famoso por suas aulas e livros de semiótica e O
nome da rosa foi seu primeiro romance. Depois vieram O pêndulo de Foucault; A
ilha do dia anterior; Baudolino;
A
misteriosa chama da rainha Loana e O cemitério de Praga, seu mais novo sucesso,
lançado ano passado no Brasil, pela Record, mostra que Eco encantou-se
decididamente pela ficção e que os leitores seguem prestigiando seus trabalhos.
Umberto
Eco é hoje um dos grandes intelectuais em atividade no mundo e segue
colaborando com artigos para jornais e revistas. Enfim, os leitores brasileiros
agora têm a possibilidade de ler o clássico moderno em versão pocket.
BestBolso, 592 páginas, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas
de Andrade, mdireto@record.com.br.
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