sexta-feira, 4 de maio de 2012


Jaime Cimenti

Nova edição revista de O nome da rosa

O nome da rosa, do semiólogo, professor e escritor italiano Umberto Eco, nascido em Alexandria em 1932, é um dos romances mais marcantes das últimas décadas, por sua forma, conteúdo e repercussão mundial. Achava-se que a trama envolvendo um mosteiro de franciscanos na Idade Média com citações em latim, toques pós-modernos e homenagens a personagens e escritores clássicos fosse interessar a um ou dois mil leitores.

Como a vida dos livros é por vezes tão surpreendente quanto a vida das pessoas, o que ocorreu, se sabe: foram vendidas milhões de cópias no mundo todo e a narrativa foi transformada em filme com direção de Jean-Jacques Annaud e estrelada por Sean Connery e Christian Slater.

O filme recebeu o mesmo título do livro. O best-seller que encantou leitores e críticos, coisa algo rara, agora teve nova edição no Brasil a partir de edição lançada em 2011 na Itália, lançada após revisão do autor. Eco decidiu tornar o romance que lhe deu fama mundial mais acessível aos novos leitores, corrigindo algumas falhas e tornando mais leves as citações em latim. A história trata de fatos ocorridos na Itália, em 1327.

O frei Guilherme de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de heresias em um mosteiro franciscano. Porém, a morte de sete monges em sete dias, em circunstâncias insólitas e violentas, muda o rumo das investigações. Marcado pela ironia do autor, o texto é repleto de mistérios, símbolos secretos e manuscritos codificados, mas também explora profundas questões filosóficas. Umberto Eco era conceituado e famoso por suas aulas e livros de semiótica e O nome da rosa foi seu primeiro romance. Depois vieram O pêndulo de Foucault; A ilha do dia anterior; Baudolino;

A misteriosa chama da rainha Loana e O cemitério de Praga, seu mais novo sucesso, lançado ano passado no Brasil, pela Record, mostra que Eco encantou-se decididamente pela ficção e que os leitores seguem prestigiando seus trabalhos.

Umberto Eco é hoje um dos grandes intelectuais em atividade no mundo e segue colaborando com artigos para jornais e revistas. Enfim, os leitores brasileiros agora têm a possibilidade de ler o clássico moderno em versão pocket. BestBolso, 592 páginas, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade, mdireto@record.com.br.

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