segunda-feira, 5 de maio de 2025



05 de Maio de 2025
NOTÍCIAS - Anderson Aires

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Este é o maior patamar de avanço para o período em 13 anos. Juro alto e desequilíbrio entre oferta e demanda ajudam a explicar o movimento

Porto Alegre

Preço do aluguel residencial sobe 17,99% em um ano

Esse é o maior patamar de avanço para o período em 13 anos. Juro alto, desequilíbrio entre oferta e demanda e atividade acima do esperado são alguns dos fatores que ajudam a explicar esse movimento, segundo especialistas e integrantes do setor. O dado faz parte de levantamento do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi-RS) e considera apenas residenciais que estão disponíveis para locação.

A economista-chefe do Secovi-RS, Lucineli Martins, afirma que a pressão no preço da locação responde a uma série de movimentos do setor imobiliário. Como a moradia é uma necessidade básica, o aluguel é afetado por alguns fatores, como quantidade de imóveis disponíveis, empregabilidade, crescimento ou retração da economia e facilidades ou dificuldades de financiamentos e juros. Ela destaca uma combinação de boa empregabilidade, crescimento do PIB acima do esperado no Estado e no país, redução na oferta de unidades para locação e aumento dos juros para financiamentos. Com isso, a compra deixa de ser uma opção para uma parcela da população, o que afeta o mercado de aluguel.

- Com uma maior dificuldade na hora da compra, a opção para muitos é a locação. E quando se tem uma maior procura por determinado serviço ou bem e uma menor disponibilidade desse, a tendência é de que ocorra a chamada lei da oferta e da procura. Por isso, os preços dos aluguéis tendem a aumentar - explica ela.

Ela destaca que, com menos funding, alguns bancos aumentaram as taxas ou o tamanho da entrada para financiar imóveis, o que também desestimula as compras e aquece a locação.

- Tem um próprio efeito de valorização dos aluguéis porque há uma diminuição da disponibilidade dos imóveis do estoque existente - destaca Marzulo.

Futuro

A economista-chefe do Secovi-RS afirma que novos movimentos e impulsos no setor podem provocar alguma descompressão. Alguns desses fatores são a inclusão de uma nova faixa no Minha Casa, Minha Vida e ajustes em outras faixas do programa habitacional. Já Marzulo afirma que o cenário menos favorável para a compra em algumas classes sociais dá sinais de continuidade nos próximos meses. Mas lembra que existe um limite para o avanço de preços.

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