Invest RS será esteio do plano de desenvolvimento
É com a experiência de quem negociou a vinda para o Tecnopuc de empresas que ignoravam a existência de centros tecnológicos no sul do Brasil que o presidente da Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, a Invest RS, Rafael Prikladnicki, coordenará a busca por investimentos nos próximos anos.
Entusiasmado com a oportunidade de ajudar a economia do Rio Grande do Sul a mudar de patamar com o Plano de Desenvolvimento Econômico lançado na quarta-feira, Prikladnicki já vinha trabalhando antes mesmo de ter sido anunciado oficialmente como presidente, em sintonia total com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Os dois farão parte da missão internacional ao Japão e à China, que o governador Eduardo Leite lidera a partir do dia 17.
Por experiência, Prikladnicki sabe o quanto é importante mostrar aos investidores internacionais que o Brasil é muito mais do que São Paulo e Rio de Janeiro: Estados como o nosso precisam mostrar seus diferenciais competitivos e estar de olho para identificar oportunidades em qualquer ponto do planeta.
Informação será chave para o sucesso
A primeira tarefa da Invest RS será montar uma base de inteligência de dados, para não sair dando tiro no escuro. Isso significa mapear os projetos em andamento, a etapa em que estão e os eventuais gargalos que precisam superar. Essa base de dados vai organizar informações sobre projetos em fase embrionária ou empresas que manifestaram intenção de ampliar suas plantas ou diversificar produtos.
Bem relacionado no mundo acadêmico e também no empresarial, Prikladnicki vem recebendo mensagens de apoio do Brasil e do Exterior desde que a coluna noticiou que era ele o escolhido para presidir a agência. Disciplinado, vem estudando os casos de sucesso de agências do gênero em vários países. E comparou o caso do Rio Grande do Sul ao de Ohio, nos Estados Unidos, que precisa competir com a mundialmente famosa Nova York e com a rica e conhecida Califórnia na atração de investimentos. _
No Brasil, o exemplo mais antigo de agência de desenvolvimento e promoção de investimentos é Minas Gerais, que criou a sua em 1968. São Paulo, que criou no governo João Doria, já atraiu mais de R$ 100 bilhões em investimentos.
Orçamento de 2025 prevê déficit de R$ 2,8 bilhões
Passado o período eleitoral, a Assembleia Legislativa retomou suas agendas após dois meses de raras sessões plenárias e reuniões esvaziadas das comissões. Ontem, a Comissão de Finanças recebeu secretários do governo estadual para audiência de discussão do projeto que estabelece o orçamento do Estado para 2025.
Os detalhes das finanças gaúchas para o próximo ano foram apresentados pelos secretários da Casa Civil, Artur Lemos, do Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, da Fazenda, Pricilla Santana, do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, e da Reconstrução, Pedro Capeluppi.
Mesmo com a previsão de déficit calculado em R$ 2,8 bilhões, a secretária do Planejamento garante que "será possível cumprir as metas, em especial os projetos relacionados com a reconstrução".
O governo destacou os R$ 4,2 bilhões para a reconstrução do Estado por meio do Fundo Rio Grande (Funrigs) - alimentado com as parcelas suspensas da dívida com a União -, os R$ 375 milhões aportados para a Defesa Civil e a previsão de investimentos que somam R$ 4,3 bilhões.
A apresentação foi feita em meio a um clima belicoso. Após as apresentações iniciais, o líder da bancada do PT, deputado Miguel Rossetto, fez críticas ao orçamento previsto para as pastas da Educação, da Saúde e do Meio Ambiente.
Rossetto criticou o volume de recursos para a saúde, considerado insuficiente, e o acordo com o Ministério Público para deixar de contabilizar o pagamento de aposentados como gastos em educação, de forma gradual, nos próximos 15 anos. O deputado lamentou que o Legislativo não tenha sido consultado.
Quem vai coordenar a transição de Melo para Melo
Consultor em relações institucionais e governamentais e com formação na área de Comunicação Social, Marcello Beltrand será o coordenador técnico do escritório de transição do governo Sebastião Melo, na prefeitura de Porto Alegre.
A confirmação de Beltrand foi feita pelo próprio Melo, ontem, em reuniões com o atual secretariado, presidentes de partidos aliados e vereadores.
Embora seja um governo de continuidade, o prefeito deseja que o escritório analise acertos, erros e gargalos dos primeiros quatro anos de gestão.
O escritório de transição também terá uma coordenação política. Para essa tarefa estão entre os cotados o experiente secretário Cezar Schirmer e o coordenador-geral de campanha André Coronel. O PL, partido da vice-prefeita eleita Betina Worm, também deve ter destaque no processo. _
Para os vários Ronnies e vários Élcios que existem por aí, soltos: A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega.
Lúcia Glioche - Juíza do caso Marielle, ao ler a sentença que condenou os assassinos da vereadora e do motorista Anderson Gomes
Não é de bom tom
Fotógrafos que trabalham em órgãos públicos têm tido cada vez mais dificuldade para captar imagens abertas em que boa parte da plateia não apareça mexendo no celular enquanto alguém fala.
Pode? Pode, mas não é de bom tom. _
Nenhum comentário:
Postar um comentário