01 DE JUNHO DE 2019
+ ECONOMIA
A BUSCA DO ANTÍDOTO PARA O DESEMPREGO
Não é só o já espantoso número de 13,2 milhões de desempregados até abril que assombram a crise sem fim da economia brasileira. Além dos que buscam trabalho, outros 28,4 milhões estão subaproveitados: querem trabalhar mais, mas não conseguem, e gostariam de encontrar uma vaga mas nem tentam diante da óbvia dificuldade. Esse contingente é o maior já registrado pelo IBGE desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), em 2012.
Como o dado da Pnad foi atualizado um dia depois de o Brasil confirmar que andou para trás na economia entre janeiro e março, fica mais evidente a relação entre os números e o círculo vicioso em que o país está mergulhado. Com medo do desemprego, os brasileiros não gastam. Sem consumo, o comércio não faz encomendas. Sem pedidos, a indústria não eleva a produção. Sem perspectivas de fabricar mais, não há contratações, fechando a porta da armadilha da estagnação.
Desde que ficou claro que 2019 cumpriria a sina dos dois anos anteriores - um início cheio de expectativas, que foram definhando ao longo do período -, cresce o debate sobre o antídoto para a anemia econômica do Brasil. No governo, há uma combinação de falta de instrumentos e de crença no papel do Estado como indutor de desenvolvimento.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou com liberação de recursos de PIS/Pasep e FGTS, advertindo que será apenas uma "chupeta de bateria", ou seja, não dura se o motor não pegar e voltar a alimentar em seguida. Economistas discutem desde a hipótese de uma depressão econômica até se instrumentos clássicos, como a redução no juro básico, ainda funcionam. Não é só o Planalto que bate cabeça.
A pressão por cortes no menor juro básico que o Brasil já teve, os atuais 6,5%, vai se intensificar. Até nos Estados Unidos essa expectativa aumenta, o que facilita a vida do Banco Central. Mas cortar a Selic da mesma forma como foi ocorreu até agora, sem que o efeito chegue na ponta também não vai funcionar.
=== MAIO TEM MÁ FAMA NO CALENDÁRIO DOS INVESTIDORES. NA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL, MARCA A EXPOSIÇÃO DA RELAÇÃO DO ENTÃO PRESIDENTE MICHEL TEMER COM A JBS E A GREVE DOS CAMINHEIROS.E QUAL FOI O MAIO DE 2019? MAIA.
OU MELHOR, O CONFLITO ABERTO ENTRE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JAIR BOLSONARO, E O DA CÂMARA, RODRIGO MAIA. MESMO ASSIM, A BOLSA FECHOU O MÊS NO POSITIVO PELA PRIMEIRA VEZ EM 10 ANOS.MAS FOI POR UM TRIZ: 0,7%.
=== A gaúcha Omega Engenharia atuou como consultora de uma empresa suíça no leilão de geração de energia para eliminar a dependência de Roraima da Venezuela. Ajudou a emplacar quatro usinas a biomassa de madeira com 10 megawatts cada, que deverão ser instaladas em Boa Vista. A Omega também tem um projeto no Estado, a UTE Cambará, já com licença de instalação.
MARTA SFREDO
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