13 DE JUNHO DE 2019
RBS BRASÍLIA
A COVARDIA DA CÂMARA
Se Estados e municípios de fato ficarem de fora da reforma da Previdência, haverá prejuízos para o impacto econômico. Como há clima de aprovação das mudanças dentro do Congresso, essa é a chance de assegurar as alterações de interesse dos governadores e prefeitos e um ajuste fiscal mais amplo. O relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), optou por retirar do texto principal diante da falta de apoio político em plenário. Na reunião com os líderes dos partidos, comentou que, somente no PP, 11 parlamentares avisaram que votariam contra.
É por covardia e interesse eleitoreiro que deputados se negam a colocar o dedo nesta ferida. Muitos sãocandidatos nas eleições do ano que vem e não querem o desgaste junto às corporações locais. A estratégia, agora, é tentar reverter a situação com apresentação de destaque em plenário. Governadores e prefeitos estão sendo desafiados a mobilizar as bases para aprovar o texto principal e o destaque. Eduardo Leite fala em encontrar os caminhos possíveis a partir do relatório. Deputados experientes e a favor de uma ampla reforma avaliam que não tem mais volta.
MAIOR DERROTADO
Para o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), ao deixar de fora Estados e municípios, o relator da Previdência compromete o desempenho do próprio partido, o PSDB. Essa poderia ser a grande marca da bancada na reforma, é uma bandeira dos governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), mas acabou morrendo na praia.
MORO VAI
Em contato direto com Sergio Moro, o deputado Sanderson (PSL-RS) conseguiu transformar uma convocação em convite para que o ministro compareça à Câmara. Um acordo com o PT na Comissão de Trabalho aliviou a situação, pois convite não obriga a presença. Moro confirmou que irá no dia 26 para falar sobre o caso dos vazamentos.
CAROLINA BAHIA
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