Autobiografia desautorizada de Jô Soares
Fragmento da capa original do livro /REPRODUÇÃO/JC Jô Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Hospital Alemão do Rio de Janeiro. Morou no anexo do Copacabana Palace, estudou na Suíça, passou férias em Paris e, aos 13 anos, conheceu Nova Iorque, então já capital do mundo, templo do jazz, da riqueza internacional e das novidades. Depois da adolescência, as finanças da família claudicaram, e Jô se mudou para um pequeno apartamento em Copacabana.
Ao invés de entrar para a carreira diplomática ou ser advogado, Jô começou a se apresentar em casas noturnas, tocando bongô e contando histórias e piadas, para defender um dinheirinho e aprender a ser artista. O livro de Jô - Uma biografia desautorizada (Companhia das Letras, 478 páginas), de Jô Soares e Matinas Suzuki Jr., volume I (o segundo deve ser lançado neste 2018), narra a grande trajetória do tocador de bongô, autor, ator e diretor de teatro, romancista, humorista, pintor e apresentador de TV, que segue ativo, lúcido e multimídia.
Jô já vendeu impressionantes 1,3 milhão de exemplares de seus livros. O texto trata da vida e da obra de Jô no teatro, na vida noturna, no cinema e, especialmente, na televisão. O artista atuou e atua tanto no mainstream, nas grandes redes de TV e de rádio, como SBT e Globo, quanto em filmes e peças teatrais fora das grandes estruturas de entretenimento. Jô entende que são válidos os dois universos de comunicação e nunca viu problema em trabalhar nos dois.
A vida de Jô se confunde com momentos históricos nacionais, como o suicídio de Vargas e o período militar pós-1964, e com a história da música, do cinema, do teatro e da televisão, desde o início dos anos 1950 até o momento. Nas páginas do livro, desfilam centenas de histórias sobre atores, cantores, diretores, homens de jornal, TV e rádio - o leitor acompanha, com a inteligência e o humor de Jô, o desenvolvimento da comunicação artística no Brasil e episódios engraçados envolvendo ricos e famosos.
Nas últimas páginas, o artista fala sobre a primeira esposa e o filho único, autista, que faleceu há poucos anos. Não por acaso, o livro já faz muito sucesso. É o mais vendido da lista da Veja. O ritmo veloz da narrativa, com tom jornalístico e textos curtos, os fatos, personalidades e anônimos, e as fotos que estão na obra, o rico percurso de Jô, os dados sérios e o humor na dosagem certa justificam o sucesso do livro.
Lançamentos
Press Advertising - Edição 182 (dirigida e editada pelo jornalista Julio Ribeiro, com textos de Marcelo Beledeli) traz grande e bela entrevista com Patrícia Comunello -Jornalista do Ano do Prêmio Press - sobre carreira e jornalismo; matérias de capa sobre mulheres no jornalismo e freelance na publicidade, e artigos sobre Rubem Braga e Haddon Sundblom, inventor do Papai Noel moderno.
Cobertura completa do Prêmio Press 2017 também na edição. Tempo em equilíbrio - Entre Paris e Singapura (Fontenele Publicações, 304 páginas), de Ricardo Lugris, executivo internacional na área de aviação, narra com minúcias e intensidade o percurso de motocicleta, de quase 35 mil quilômetros, por terras distantes em uma obstinada direção leste. "Deixar ampla margem para o improviso e para o imprevisto faz parte da aventura humana numa viagem e, sobretudo, da descoberta de seu entorno e de nossos próprios limites", escreve o autor.
Evasivas admiráveis - Como a psicologia subverte a moralidade (É Realizações, 102 páginas), do médico psiquiatra e ensaísta londrino Theodore Dalrymple, explica por que a autocompreensão humana não foi melhorada pelas falsas promessas das diferentes escolas de pensamento psicológico. As teorias sobre comportamento humano são excessivas simplificações e afastam as pessoas de pensarem por si próprias.
Para o autor, a literatura é uma janela muito mais iluminadora do que julga a psicologia. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/01/colunas/livros/606471-autobiografia-desautorizada-de-jo-soares.html)
Nenhum comentário:
Postar um comentário