sábado, 30 de junho de 2012



30 de junho de 2012 | N° 17116
PAULO SANT’ANA

Na contramão do clamor

Muita gente me diz que no dia em que eu parasse de fumar, pela visibilidade que ostento, esse meu gesto levaria muita gente a parar de fumar no Rio Grande do Sul.

Deve ser verdadeiro isso, porque o leitor Idel Menda (idel1950@gmail.com) parou de fumar e escreveu um texto, creio que na internet, que foi lido por duas pessoas, entre elas um jovem, tendo ambos parado de fumar imediatamente.

O texto é uma carta de amor que ele escreve para o cigarro, despedindo-se definitivamente dele. Como o texto fez sucesso, inclusive entre os não fumantes, quanto mais entre os que fumam, vou transcrevê-lo abaixo na esperança de que faça muitas pessoas deixarem de fumar:

“CARTA DE A(FU)MANTE PARA SEU AMOR PROIBIDO.

Meu amor:

Por 40 anos você me deu o prazer de sua companhia. Fez, por várias vezes meu coração palpitar, bater forte. Por muitas vezes, ao colocar minha boca em ti, perdi a respiração, cheguei a perder o ar, quase não conseguia respirar direito por tua causa, mas tudo está terminado entre nós.

Sei que vais querer voltar, exigir de mim fidelidade, me seduzir novamente, mas não adianta meu ‘futuro ex-amor’. Queimei, nesse tempo em que estivemos juntos, toda e qualquer paixão. Nosso relacionamento estava virando cinzas ao vento, já começava a me sentir pisando na sujeira.

Me desculpa querida, mesmo que tu tenhas me dado momentos de prazer (e algum prejuízo também), não pretendo (espero) voltar a te tocar, colocar meus lábios em ti. Teu aspecto já não está mais sedutor, o teu cheiro começou a me fazer mal. Senti que nosso relacionamento não estava cheirando bem, muita fumaça no ar. Nossa coexistência estava incomodando as outras pessoas.

Sei que vou sofrer nos primeiros dias de separação mas, em nome da minha autoestima, minha integridade, minha aparência (as pessoas comentavam quando me viam contigo), meus futuros netos, adeus.

Estou guardando o último maço de recordações que me resta, não pretendo queimar. E não adianta querer que eu coloque meus lábios em ti novamente sem que os outros vejam, estarei traindo a mim mesmo se assim o fizer. Por favor não me responda com sinais de fumaça. Adeus”.

E apareceu uma leitora, Dilsea Kostylew (dkostylew@terra.com.br) que rema completamente contra o curso de reclamações que chegam de todos os lados. Olhem só o pasmo dela: “Interessante, quando ligo para a NET, sou prontamente atendida, tendo meus problemas imediatamente resolvidos. E fiquei viúva no final de março passado, no mês seguinte já estava recebendo a pensão de meu marido. Por que será que tudo é tão difícil para alguns? Um abraço”.

Eu diria: como pode ser tudo tão fácil para alguns?

Chega neste instante, 20h40min de sexta-feira, a notícia de que o Grêmio vendeu o goleiro Victor para o Atlético Mineiro, com quem joga amanhã.

Terei oportunidade na coluna de domingo de me ocupar desta catástrofe.

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