quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024


29 DE FEVEREIRO DE 2024
POLÍTICA +

Viva ela, a cantora Isabela Fogaça

A cantora Isabela Fogaça, a voz da canção Porto Alegre é Demais, se recupera bem, em casa, de uma cirurgia para retirada de nódulo mamário. Esposa do ex-prefeito José Fogaça, Isabela foi operada no Hospital São Francisco, do complexo Santa Casa, e é só elogios ao atendimento que recebeu.

Quando teve o diagnóstico, assustador para qualquer mulher, Isabela optou por manter a agenda do final do ano: cantar e conhecer o neto italianinho. Viajou para a Itália, onde moram seus filhos Martim e Francesca, e os netos Jonas, quatro anos, e Yago, hoje com quatro meses. Só no final contou do desafio que teria pela frente.

Decreto publicado ontem pelo Piratini define que o Conselho Estadual de Educação terá 28 conselheiros: 14 indicados por entidades representativas e 14 de livre escolha do governador.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul lança hoje edital para contratação de empresa de tecnologia para desenvolver uma ferramenta de inteligência artificial. O procurador-geral Alexandre Saltz sabe que não há tempo a perder nessa corrida tecnológica.

Eduardo Leite vai à Itália e à Alemanha, em abril. A viagem de uma semana começa no dia 13 e inclui participação na Vinitaly, tradicional feira internacional de vinhos em Verona.

Inteligência artificial e campanha suja

No mundo das resoluções, está tudo redondinho: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu as balizas para o uso da inteligência artificial na campanha eleitoral.

Trata-se de uma iniciativa necessária para impedir o vale-tudo nas campanhas, e isso inclui a responsabilização das plataformas que não retirarem de circulação os materiais criminosos que venham a ser postados nas redes.

O problema é que as verdadeiras iniquidades de uma campanha não ocorrem na propaganda de rádio e TV, nem nas redes dos candidatos. Ninguém é bobo de se auto-incriminar. O perigo mora na disseminação de montagens fora do universo regrado, para que se espalhem feito penas ao vento, sem que a vítima consiga juntá-las. Uma mentira disseminada num grupo de WhatsApp ganha pernas, asas e motor supersônico no mundo hiperconectado. Como fazer a contenção?

A desconstrução de adversários com base em mentiras precede a existência das redes sociais e vem de um tempo em que não se falava em inteligência artificial nem no cinema. Espalhavam-se panfletos apócrifos nas ruas e praças e às vezes isso bastava para que um candidato viável perdesse a eleição e ainda ficasse com a pecha de ladrão, marido traído, traidor, bêbado, homossexual (a expressão usada, claro, era outra, bem chula).

Lá pelo final dos anos 1990 era comum tentar semear entre os jornalistas a dúvida sobre a saúde física (ou mental) do adversário. Não na propaganda oficial, fiscalizável, mas no ti-ti-ti da tia que trabalhava no hospital X e viu o candidato Y chegar em coma.

Nas últimas eleições, as coisas se sofisticaram (para pior). Enquanto candidato posa de bom moço, a equipe do serviço sujo espalha boatos escondida no anonimato. As chamadas "tias do zap" são, em geral, inocentes úteis usadas para disseminar mentiras, porque é fácil identificar aqueles que acreditam em tudo e "compartilham sem dó", para usar a expressão mais característica que acompanha as fake news.

As campanhas de 2018 e 2022 foram pródigas na proliferação de fake news, uma praga que se multiplica em ambientes de polarização e se mantém ativa fora do período eleitoral.

Com a inteligência artificial e a possibilidade de criar áudios e vídeos usando a imagem e a voz de pessoas reais em montagens surreais, partidos, candidatos, jornalistas e integrantes da Justiça Eleitoral precisam redobrar os cuidados. É um mundo novo que se descortina, para o bem e para o mal.

ROSANE DE OLIVEIRA

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