segunda-feira, 8 de julho de 2019


08 DE JULHO DE 2019
POLÍTICA

Teste de popularidade no Maracanã tem vaias e aplausos

O presidente Jair Bolsonaro escolheu a final da Copa América, ontem, no Maracanã, para testar sua popularidade e também a do ministro da Justiça, Sergio Moro, envolvido em vazamento de diálogos do período em que era juiz da Lava-Jato. Aplausos e vaias marcaram a passagem da comitiva presidencial, que também teve a participação do titular da pasta da Economia, Paulo Guedes, e mais 17 pessoas.

Na sexta-feira, Bolsonaro disse que pretendia descer ao gramado com Moro, caso a organização permitisse, e que, então, o povo iria "dizer se nós estamos certos ou não". Eles chegaram ao estádio cerca de 20 minutos antes do jogo. O sistema de som do estádio já reproduzia músicas da festa de encerramento e, nesse momento, não foram ouvidos aplausos nem vaias.

As manifestações mais fortes do público contra o presidente ocorreram no momento em que Bolsonaro entrou no gramado para participar da entrega de medalhas e troféus aos atletas. Técnico da Seleção, Tite não quis comentar a presença de Bolsonaro na cerimônia:

- Fico tão envolvido no futebol, nas situações. Sei que elas acontecem, mas meu foco, educação, é no que tenho de essência. Dentro de campo, minha conduta, minha ética. As outras situações, são outras.

Depois da coletiva, Tite foi novamente questionado se tinha ficado constrangido por receber a medalha das mãos de Bolsonaro:

- Não quero falar disso. É futebol. Por favor, vamos falar de futebol.

Em dezembro passado, o treinador disse que não concordava com a mistura de política com futebol ao ser questionado sobre a presença de Bolsonaro no Allianz Parque para entregar o troféu de campeão brasileiro ao Palmeiras.

O presidente não fez comentários sobre o novo vazamento de diálogos que teriam sido mantidos por Moro e integrantes da força-tarefa da Lava-Jato.

No sábado, ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou sobre as pressões de líderes europeus contra o desmatamento em ascensão no país e a favor da preservação da Amazônia.

- O Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer. Desculpe aqui as mulheres - disse.

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