sexta-feira, 19 de julho de 2019



Como se diz em Nova Iorque e no resto do mundo, 

O fantasma da ópera é o fantasma vivo mais longevo que existe. Em cartaz desde 1986, é o musical de maior sucesso na Broadway e segue apresentado, com sucesso, em vários países, além de ter sido levado às telas pelo diretor Joel Schumacher. Cento e quarenta milhões de pessoas assistiram a peça em 35 países. Estima-se que foram arrecadados US$ 6 bilhões até hoje com essa adaptação, que, já em 2006, superou Cats. 

O fantasma da ópera foi baseado no romance homônimo do escritor e jornalista francês Gaston Leroux (1868-1927) e é considerado seu maior trabalho. O romance foi publicado inicialmente de forma seriada no jornal Le Gaulois entre setembro de 1909 e janeiro de 1910, ano em que foi publicado em livro pela Lafitte. A Editora Zahar acaba de lançar, na Coleção Clássicos, nova e cuidadosa edição comentada do romance, encadernada, com 320 páginas, apresentada por Rodrigo Casarin, com tradução e notas de André Telles. 

A história que se passa sobretudo nas catacumbas do palácio Garnier, sede da Ópera Nacional de Paris, é classificada como provavelmente a mais emblemática sobre a própria arte teatral e musical. Romance de ficção gótica, parcialmente inspirado em fatos históricos ligados à Ópera de Paris no século XIX, o fantasma mescla um triângulo amoroso com um thriller repleto de intrigas e inspirações diabólicas. 

Cento e nove anos depois da publicação do livro, os ingredientes, recombinados e revividos, seguem encantando as plateias, mostrando a famosa criatura mutilada, de passado enigmático, a arquitetar trotes e tragédias, em meio aos labirínticos porões do palácio. Boas histórias contém outras, cidades trazem dentro de si muitas outras, muitos personagens e desdobramentos. É esse o caso do fantasma da Ópera de Paris, uma narrativa passada em escuros subterrâneos que se transformou em luzes de sucesso mundial. Uma jovem espectadora porto-alegrense, há alguns anos, casou-se com um dos atores que davam vida ao fantasma mais eterno do globo. 

Conta-se que, em 1940, em Muçum (RS), o Badico seguiu atrás de um circo, apaixonado pela linda trapezista e que na Itália, lá por 1960, Marcello Mastroianni viajou 28 vezes num avião para encontrar e conquistar uma aeromoça. lançamentos eCultura, a utopia final - Inteligência artificial e humanidades (Iluminuras / Observatório Itaú Cultural, 248 páginas, R$ 59,00), traz profundos e consistentes textos de Teixeira Coelho, escritor, crítico literário e especialista em política cultural. 

A obra trata de computação, digitabilidade, algoritmos e outros temas para um inovador modelo de leitura da eCultura. Press e Advertising, revistas da Athos Editora, edição 190, dirigidas por Julio Ribeiro com textos de Marcelo Beledeli, têm as matérias de capa Por que diminuíram os espaços para o jornalismo cultural e Quando a publicidade encontra a arte. Os 70 anos do romance 1984; mudanças com a nova economia e grande entrevista com Márcio Irion da RDC TV, entre outras matérias, estão nas publicações. 

Recordar é viver outra vez (Exclamação, 144 páginas), oitavo livro do Dr. Hélio Faraco de Azevedo, eminente professor, advogado e consultor do Tribunal de Contas do Estado, prefaciado pelo Dr. Claudio Lamachia, traz ricas vivências pessoais, profissionais e temas relevantes, como as relações de amizade, a corrupção, problemas brasileiros e outras vivas recordações. - 

Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/colunas/livros/2019/07/693690-o-fantasma-mais-eterno.html)

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