quarta-feira, 6 de setembro de 2017


06 DE SETEMBRO DE 2017
EDUCAÇÃO

Três gaúchas entre as melhores universidades



UFRGS, UFPEL E PUCRS INTEGRAM RANKING das mil instituições de Ensino Superior mais bem ranqueadas do mundo, segundo consultoria britânica

Três universidades do Rio Grande do Sul estão na lista das melhores instituições de Ensino Superior do mundo, segundo levantamento da consultoria britânica Times Higher Education (THE) divulgado ontem. A Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é a gaúcha melhor colocada, seguida pela Federal de Pelotas (UFPel) e pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS).

Foram incluídas na edição deste ano do ranking, considerado a principal classificação do Ensino Superior, mil instituições de ensino de 77 países. Nas melhores posições, estão universidades da Inglaterra e dos Estados Unidos, como a britânica Oxford. Entre as latino-americanas, a melhor colocada é a Universidade de São Paulo (USP), que permanece na posição entre 251ª e 300ª. 

A UFRGS está em oitavo lugar entre as brasileiras e mantém a posição no ranking em relação ao ano passado - entre 601ª e 800ª. A UFPel, que em 2016 não entrou na lista, aparece entre as classificações 801ª e 1000ª. A PUCRS também está entre 801ª e 1000ª e caiu em relação à edição anterior, quando figurava entre 601ª-800ª.

Presente no levantamento de 2016, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) não aparece na lista divulgada ontem. Mesmo assim, o Rio Grande do Sul mantém três instituições na lista em função da entrada da UFPel.

PRESENÇA BRASILEIRA NA LISTA REGISTRA QUEDA

O ranking de melhores universidades do mundo é divulgado anualmente e leva em conta 13 indicadores, reunidos em cinco categorias: ambiente de ensino, inovação, internacionalização, pesquisa (volume e investimento) e citações (a influência da pesquisa).

O diretor editorial dos rankings globais do THE, Phil Baty, ressalta a redução de instituições brasileiras no ranking. São 21 neste ano, contra 27 na edição do ano passado. Segundo ele, universidades têm enfrentado dificuldades em razão da crise econômica.

- Os resultados refletem a crescente pressão que as universidades brasileiras sofrem durante a crise econômica e a crescente concorrência global no setor. O Brasil precisará garantir que continue investindo no Ensino Superior e liberte suas instituições de burocracia desnecessária se quiser se tornar um participante global de educação superior.

As instituições federais têm enfrentado redução de investimentos nos últimos anos. A UFRGS, por exemplo, projeta déficit de mais de R$ 15 milhões só neste ano. Os efeitos da crise também são sentidos na pesquisa, após a redução em 44% no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia em 2017. Universidades privadas também enfrentam dificuldade. O Censo do Ensino Superior, divulgado na semana passada, aponta para a primeira queda no número de matrículas em 11 anos.

angela.chagas@rdgaucha.com.br

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