11 DE SETEMBRO DE 2017
ECONOMIA
LOCOMOÇÃO NO BIO OU NO FIO
Uma das poucas produtoras de etanol que não evaporou na crise, a Raízen, resultado de fusão entre Cosan e Shell, começa a ver combustível renovável de segunda geração no mercado. É etanol produzido a partir do bagaço da cana e matéria orgânica, não da primeira extração do caldo. A Usina Costa Pinto, em Piracicaba, ajusta o processo, explica Gilberto Pose, coordenador técnico da Raízen, para abastecer carros flex.
- A ANP não distingue etanol de primeira e segunda geração - detalha.
Pose admite que o combustível é visto com desconfiança, por temor de que tenha mais resíduos, mas assegura que purificação e filtragem evitam esse problema. A Raízen trouxe para Porto Alegre seu projeto Oficina Brasil, para quem trabalha com manutenção de veículos. Ele reforça a percepção de que a nafta do Mercosul rende mais, por ter menos etanol na composição (10%).
Sobre o fato de os motores flex serem obstáculo para os carros elétricos no Brasil, Pose cita o protótipo e-NV200 da Nissan, movido por eletricidade gerada pela reação de etanol com água. O motor pode combinar oxigênio com etanol puro ou hidratado com até 55% de água. É a chance de virar a chave para combinar locomoção bio e no fio.
marta.sfredo@zerohora.com.br
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