segunda-feira, 13 de maio de 2019


13 DE MAIO DE 2019
RBS BRASÍLIA

Silêncio obsequioso

Na primeira coletiva de imprensa de Sergio Moro após a confirmação de que seria ministro da Justiça, o repórter de GaúchaZH Eduardo Matos perguntou ao ex-juiz se estava na negociação para ele aceitar o cargo uma vaga no STF. Moro negou e disse que não era momento de falarem sobre o assunto, pois os ministros seguiam trabalhando na Corte. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro confirmou o que todos falavam desde sua nomeação, ele prometeu, sim, ao ministro uma vaga no Supremo. 

Em troca de mensagens com a coluna, Moro não quis comentar a fala do chefe e se limitou a dizer "sobre isso, silêncio obsequioso". Com derrotas expressivas no Congresso - perdeu o Coaf para a Economia e seu pacote anticrime segue parado na Casa -, não é de se estranhar que tenha dito há pouco tempo que ser indicado ao STF seria como "ganhar na loteria". Uma saída honrosa para quem chegou com status de superministro, mas que está tendo uma atuação apagada no governo Bolsonaro.

Medicamentos

O Ministério da Saúde formaliza nesta semana pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que os contratos de compras de medicamentos para tratamentos contínuos possam ser renovados anualmente, até fecharem cinco anos. Atualmente é necessário licitação anual.

MEDICAMENTOS 2

O secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, afirmou à coluna que o assunto já foi tratado em uma reunião com o TCU, que teria achado a ideia boa. Medicamentos para transplantados, por exemplo, entrariam na lista dos que seria possível prorrogar. Com a possibilidade de renovação dos contratos, o governo acredita que a medida possa reduzir ou até mesmo evitar a falta desses remédios.

POLÊMICA RURAL

Aprovada com pequenas alterações em comissão, a MP sobre fraudes no INSS preocupa parlamentares que defendem os pequenos agricultores. O texto retira o poder dos sindicatos de encaminharem pedidos de aposentadoria, o que ficaria com prefeituras. O deputado Heitor Schuch (PSB) acredita que os municípios não terão estrutura para atender os trabalhadores. Em plenário, serão apresentadas emendas para mudar o texto, como a que permite aos sindicatos auxiliar os trabalhadores.

SILVANA PIRES

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