quarta-feira, 2 de dezembro de 2015



02 de dezembro de 2015 | N° 18373
ARTIGOS - GUILHERME SOCIAS VILLELA*

O AMBIENTALISMO E A LEI DAS SELVAS


O Rio Grande do Sul tem tradição de debater as questões relacionadas com o meio ambiente. Recentemente num encontro entre autoridades e técnicos estaduais e ambientalistas, ocorrido numa das mais prósperas regiões do interior do Estado, um aficionado ambientalista formulou uma questão: a produção de soja irrigada, por ser assim, exporta, junto com a soja, água para o Exterior. Mostrou-se contrário a essa situação.

Um técnico do Estado, educado e de alto nível, serenamente respondeu algo assim: essa é uma questão de meio ambiente, mas também deve se considerar o sistema em que vive o mundo: o sistema capitalista – com uma única exceção, a Coreia do Norte. A agricultura exporta grãos de soja, produzidos com os benefícios da irrigação, mas recebe, em troca, dinheiro que “irriga” a vida dos agricultores – com repercussões em toda a economia estadual e nacional.

Mudar esse sistema político seria a solução? Não se conhece, nesse sentido, qual a opinião do ambientalista, mas é provável, por uma questão lógica, seria por mudar o sistema econômico e político. Seria?

Ocorre que, por se tratar de mudar para um sistema socialista ou comunista, qual seria a diferença? Relações internacionais de trocas de mercadorias? Nenhuma. (A China importa grãos agrícolas para alimentar 1,4 bilhão de chineses.)

É de se lembrar do que todo o mundo sabe: os sistemas políticos comunistas, no século passado, foram os que mais agrediram o meio ambiente no mundo – o mundo ocidental somente soube disso depois da queda do Muro de Berlim! (No passado, a União Soviética jogou resíduos atômicos de suas usinas nucleares nos ocea- nos. Ademais, hoje a população dos grandes centros da China contidamente anda nas ruas com proteção respiratória no rosto.)

Por derradeiro, aqui vale uma antiga observação: por uma caricatural questão lógica, o ambientalista deveria ser adepto do sistema capitalista – isto porque sempre se disse que o capitalismo é caracterizado pela “lei das selvas” (onde os animais maiores – os predadores – comem os menores).

Economista*

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