sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Jaime Cimenti
A linguagem, a palavra é a mãe de todos os artefatos.

Ela é, em todas as formas, o que fez o homem avançar bem além dos limites da seleção natural, exposta na doutrina de Darwin. Darwin, diga-se, com sua teoria, não conseguia lidar com os artefatos, que, por definição, são antinaturais, e nem com a linguagem.

O poder inexplicável da palavra estava deixando Darwin maluco. A partir destas considerações o grande jornalista e escritor norte-americano Tom Wolfe, autor do célebre romance A Fogueira das Vaidades e de mais de uma dezena de livros, escreveu sua mais nova obra, O reino da fala (Rocco, 192 páginas, R$ 29,90), tradução de Paulo Reis. Wolfe, o bem-humorado e iconoclasta que foi um dos fundadores do já lendário Novo Jornalismo, nesta análise sobre a fala, a palavra e a linguagem, narra como ela é, em verdade, a responsável pelas grandes e complexas conquistas humanas.

 Sempre se pensou que a evolução, tratada principalmente por Darwin, fosse a responsável pelo grande caminho dos homens na terra. Wolfe lança dúvidas sobre esse cânone. Tom Wolfe, após estudar e pesquisar muito, especialmente na obra do outsider linguista Daniel Everett, dono de obra controversa e em trabalhos de autores como Marx, Lutero, Freud, Darwin, Einstein, Chomsky e Alfred Wallace, lança a ideia, polêmica, é claro, de que a fala é o que nos diferencia realmente de outros animais.

Sem pretender explicar ou refletir demais, Wolfe, como sempre, com muito humor e estilo, apresenta este trabalho altamente provocativo, mostrando que cento e cinquenta anos depois depois da Teoria da Evolução, na verdade ninguém até hoje explicou a fala. Fisicamente o homem é inferior à maioria dos animais e, num embate "mão contra pata", com alguma criatura de seu tamanho, o homem seria jantado por algum animal.

A superioridade e o controle dos humanos sobre os outros animais seria decorrência do grande poder da fala, que, segundo o inglês Alfred Russel Wallace, não seria fruto da tal seleção natural. Essa é a ideia central do livro de Wolfe, que, segundo o The New York Times é o duelo mais ousado do escritor, que sempre se dedicou a chacoalhar o status quo, com sua prosa irreverente e precisa.

O reino da fala já está dando muito o que falar e, pelo visto, vai render muita conversa mais. lançamentos Renner Herrmann - 90 anos - 1920-2017 (Kallós Editora, 160 páginas), edição e redação de Charles Tonet, com Tania Tonet, prefácio de Thomas Bier Herrmann, CEO da empresa, da qual Marcos Bier Herrmann é o vice-presidente, em cuidadosa edição encadernada, mostra textos e fotos sobre um de nossos grupos mais importantes, que orgulha o Brasil atuando, com competência e qualidade, em três continentes e oito países, com representantes em mais de 80 nações.

Press - Advertising (Edição 179), revistas dirigidas pelo jornalista e editor Julio Ribeiro, trazem matérias obre Ombudsman, Adolpho Bloch o gráfico que se tornou dono de revista e televisão, Gelson Santana e reforma trabalhista, startups e marcas, entrevista com João Ramos (Projeto Black Sheep), cobertura de Cannes 2017 por Alberto Meneghetti e texto sobre Marcel Bleustein Blanchet, criador do Grupo Publicis e Papa da publicidade francesa, entre outras colaborações.

Sadi Schwerdt - Nosso Capitão (Libretos, 224 páginas), com edição e textos do consagrado jornalista e escritor Paulo César Teixeira, trata da vida do capitão do Internacional de 1966 a 1969 e melhor lateral esquerdo do País (que jogou na seleção), em 1967-1968.

A obra esclarece sobre a troca de capitão no Inter, fala de futebol-força e futebol-arte e da carreira política de Sadi, atleta e homem que honra o Estado e o Brasil. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/09/cadernos/viver/584059-a-mae-dos-artefatos.html)

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