26/05/2017 02h00
Nelson
Barbosa passa a escrever na Folha
O
economista e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa, 47, passa
a escrever a cada duas semanas no caderno "Mercado", a partir desta
sexta (26).
Doutor
em economia pela New School for Social Research (EUA), Barbosa é professor da
Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas e da Universidade de
Brasília. Também é pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).
Segundo
o economista, sua coluna abordará temas de política econômica e economia em
geral e procurará esclarecer os custos e benefícios de ideias ou propostas em
debate no Brasil e no mundo.
"Meu
objetivo é traduzir assuntos econômicos para o público, deixando claro o que são
questões técnicas e o que são escolhas políticas."
Ele
afirma que sua atenção estará voltada inicialmente ao conflito distributivo no
Brasil. Segundo Barbosa, a questão aparece mais claramente na política fiscal,
mas influencia também a política monetária, cambial e regulatória do governo.
ESTADO
E ECONOMIA
Barbosa
assumiu o Planejamento no segundo governo de Dilma Rousseff (PT), no início de 2015.
Passou
a liderar a Fazenda naquele mesmo ano, em dezembro, após a saída de seu
antecessor, Joaquim Levy.
No
posto, defendeu a volta da CPMF, apontou a necessidade de reformas com efeitos
no longo prazo, como a previdenciária, e tentou implementar medidas para
reaquecer a economia.
Porém
encontrou ambiente político conturbado às vésperas do impeachment da presidente.
Em março do ano passado, reconheceu a dificuldade ao dizer que estava na hora
de a política ajudar na recuperação da economia.
Deixou
o ministério em maio do ano passado, quando Dilma foi afastada do governo pelo
Senado. Outros
cargos que ocupou foram os de secretário executivo do Ministério da Fazenda (2011-13),
secretário de Acompanhamento Econômico (2007-08) e de Política Econômica (2008-10).
O
economista é ligado à escola de pensamento desenvolvimentista, que, em linhas
gerais, atribui papel de destaque ao Estado na promoção do crescimento econômico.
Após
sair do governo, Barbosa fez críticas ao teto de crescimento dos gastos públicos
proposto pelo governo Michel Temer e promulgado em dezembro de 2016.
"O
que foi aprovado tira dos representantes eleitos pela sociedade o direito de
decidir o tamanho do Orçamento", escreveu em artigo para a Folha publicado
em abril, no qual respondia a críticas de Alexandre Schwartsman, também
colunista do jornal.
Barbosa
substitui João Manoel Pinho de Mello, que deixou a coluna em março, quando
passou a ocupar cargo no Ministério da Fazenda.
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