16 DE JULHO DE 2018
ENCONTRO HISTÓRICO
Na véspera da cúpula com Putin, Trump diz que Rússia é "inimiga"
O presidente Donald Trump classificou a Rússia como um dos "inimigos" dos Estados Unidos, na véspera da cúpula histórica com seu colega russo, Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia, já ofuscada pela investigação sobre a ingerência russa na eleição presidencial americana de 2016.
Antes de iniciar sua turnê europeia, Trump havia dito que a etapa de Helsinque, onde se reunirá com Putin, seria a "mais fácil". Suas últimas declarações podem atenuar, porém, as esperanças de distensão entre Washington e Moscou.
Em entrevista no sábado à rede CBS, transmitida ontem, Trump considerou que Rússia, União Europeia (UE) e China eram, por diferentes razões, "inimigos".
Após as polêmicas visitas de Trump a Bruxelas e a Londres, marcadas por duros ataques contra seus aliados da Otan e a primeira-ministra britânica, Theresa May, ele se reunirá agora com o presidente de um país com o qual os Estados Unidos mantêm vários pontos de atrito. Anexação em março de 2014 da península ucraniana da Crimeia por parte de Moscou, apoio da Rússia ao governo sírio de Bashar al-Assad e novas tarifas americanas tornam a lista longa.
Os dois devem, primeiramente, reunir-se sozinhos com seus intérpretes no palácio presidencial, somando-se, então, as suas respectivas delegações para um almoço de trabalho. O dia deve terminar com coletiva conjunta.
Ontem, milhares de pessoas protestaram na capital finlandesa, convocadas pelo coletivo "Helsinki Calling for Human Rights", integrado por dezenas de ONGs e associações. "Respeito à Ucrânia" e "Que os direitos humanos sejam outra vez importantes" eram alguns dos cartazes levados pelos manifestantes, reunidos na praça do Senado, a dois passos do palácio presidencial que hoje receberá Putin e Trump.
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