sexta-feira, 24 de agosto de 2012



A função do jornal de papel, da mídia eletrônica e do jornalista

Não há dúvida de que, com o surgimento das novas tecnologias - particularmente as mídias eletrônicas -, os jornais, especialmente os impressos, perderam muito quanto à hegemonia da informação. Mas jornais sempre procuraram se reinventar e evoluir.

A internet e outras mídias, ao menos até o momento, não retiraram dos jornais as suas históricas capacidades de interpretar, comentar e analisar os acontecimentos, isso, é claro, além de manter a função primordial do jornalismo, que é a de informar.  Isso para não falar, especificamente, em jornalismo argumentativo e investigativo, ramos que atendem às necessidades das pessoas na busca da verdade e ajudam no caminho do desenvolvimento da democracia.

De mais a mais, jornais impressos e mesmo eletrônicos, muitas vezes, têm mais capacidade de selecionar e organizar os bilhões de informações que circulam por aí. Hoje em dia, quem tem tempo para selecionar, checar e organizar informações?

Os sites e blogs das companhias jornalísticas tradicionais têm sido apontados como mais os mais acessados, por sua credibilidade. Atualmente, uma das funções mais relevantes do jornalismo é, justamente, selecionar e até organizar o que realmente importa, para facilitar e auxiliar o complexo cotidiano das pessoas.

Ao fim e ao cabo, o fato é que o bom jornalismo sempre se deparou com a tecnologia e a aproveitou. O rádio e a TV são exemplos marcantes disso. O que interessa, como se sabe, realmente, não são os suportes em si, mas o que se faz com eles, como os utilizamos. 

O que importa é a credibilidade, a ética e os princípios do bom e velho jornalismo e sua antiga e imprescindível capacidade de mediação, quando se utiliza as modernas ferramentas da comunicação. Nunca é demais lembrar, também, que são tarefas importantes dos jornais e dos jornalistas o pensamento, a reflexão e a expressão sobre o papel que ambas devem exercer. Sempre, e mais do que nunca, com a ajuda do público, que é informadíssimo e gosta de interagir.

Além de informar, é preciso formar. Se as informações chegam antes às pessoas por outros meios, já não importa tanto. Importa o que fazer, depois, com elas. E isso os bons jornais e jornalistas seguem fazendo, mesmo ameaçados e mesmo navegando contra ventos e marés de vários tipos e dimensões.

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