quarta-feira, 26 de abril de 2023


26 DE ABRIL DE 2023 
REFORMA DO IPE SAÚDE

Servidores querem prazo para negociar

Representantes do governo do Estado se reuniram na noite de ontem com entidades ligadas aos servidores públicos para tratar sobre o plano de recuperação do IPE Saúde. Os encontros ocorreram a portas fechadas, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e contaram com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene.

Conforme informações antecipadas pela Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP-RS) e pelo Fórum Permanente em Defesa do IPE Saúde, a principal crítica às alterações sugeridas pelo Estado diz respeito à contribuição por dependentes, valor que tem ainda mais peso para aqueles servidores com baixa remuneração.

A FSP, que foi a primeira a se reunir com os integrantes do governo, pede que o projeto de lei sobre o tema não seja encaminhado à Assembleia Legislativa sem negociação prévia com as entidades e "com uma resolução urgente da questão salarial do funcionalismo público", assim como requer que o projeto não seja encaminhado em regime de urgência, conforme ofício entregue na reunião.

Ao final, Helenir Schürer, presidente do Cpers, uma das 16 entidades representadas pela FSP-RS, disse que não há como discutir a reforma do IPE sem antes discutir o reajuste salarial para os servidores. Apoiada pelos presidentes dos demais sindicatos, Helenir avalia que o projeto do governo é desigual.

- Não consigo entender como o governo apresenta uma proposta de taxar em R$ 501 o marido da funcionária de escola que ganha R$ 657 e, ao mesmo tempo, propor que o governador, que tem 38 anos, deixe de pagar R$ 1.099,92 para pagar R$ 400 - comentou a presidente do Cpers, sindicato que representa os professores.

Debate

O Fórum Permanente em Defesa do IPE, recebido posteriormente, pediu mais transparência do Estado com relação aos dados de quanto o instituto deixará de arrecadar com a possível redução das contribuições dos grandes salários e quanto haverá de aumento na arrecadação com a elevação das alíquotas e da cobrança dos dependentes.

Ao mesmo tempo, questionou o impacto causado pelo aumento na coparticipação em exames, de 40% para 50%. Até o fechamento da edição, o segundo encontro não havia terminado.

GABRIEL JACOBSEN RAFAEL FAVERO

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