sexta-feira, 10 de janeiro de 2020



10 DE JANEIRO DE 2020
+ ECONOMIA

Lojas Renner se abastece ao sol

Começou a operar em dezembro uma fazenda solar da Lojas Renner em Pantano Grande. Construída e operada por um empreendedor parceiro, tem mil painéis fotovoltaicos, com 362 kilowatts (kW) de potência. É o primeiro da rede no Estado. A energia gerada na fazenda solar gaúcha vai abastecer a loja do Shopping João Pessoa, em Porto Alegre.

A perspectiva de economia na conta da unidade é de 26% ao ano. Será o primeiro ponto de venda da marca no Estado abastecido com energia fotovoltaica. No ano passado, quatro unidades no Rio de Janeiro foram as primeiras da rede. Depois da expansão do projeto para o Rio Grande do Sul, está prevista nova instalação fotovoltaica no Distrito Federal, que entrará em operação neste semestre, para três lojas da Renner em Brasília. O plano da rede é ter 75% do consumo abastecido por energia limpa. Ante a dúvida da coluna sobre a viabilidade do investimento sem incentivo, a Renner respondeu que pretende aumentar de "forma consistente" o consumo de energias renováveis em qualquer cenário.

CPFL reitera interesse na aquisição da CEEE
GUSTAVO ESTRELLA, Presidente do Grupo CPFL

No Rio Grande do Sul para lançar um projeto de redução na conta de energia de hospitais gaúchos, o presidente da CPFL, Gustavo Estrella (foto), reiterou o interesse na compra do braço de distribuição da CEEE, que deve ser privatizado neste ano. A CPFL é dona da RGE, que comprou a AES Sul e unificou as duas empresa há um ano. Caso adquira a CEEE, a CPFL terá quase 100% da distribuição do Estado. A dona da CPFL, por sua vez, é a chinesa State Grid. O Programa RGE nos Hospitais compreende medidas para reduzir o consumo, como instalação de painéis fotovoltaicos e lâmpadas LED.

A CPFL segue interessada em avaliar a compra da CEEE?

O negócio da CPFL é distribuição. Temos áreas de concessão no interior de São Paulo e do Rio Grande do Sul. A companhia é reconhecida por ser uma das mais eficientes do setor. Pelo tamanho e pela escala, faz parte dos nossos planos continuar a crescer no negócio. A última aquisição nessa área foi a AES Sul, em 2016. O plano é avaliar ativos que vêm ao mercado e façam sentido. Também vamos verificar se o preço do ativo faz sentido para que a companhia faça ou não investimento. Todo ativo que venha a a mercado será analisado pela CPFL.

Qual unidade do grupo se candidataria à compra, seria a RGE ou a CPFL?

A regulação do setor não permite que uma concessionária controle outra. Então, assim como no caso da AES Sul, aquisições são sempre feitas pela holding.

A CPFL chegou a disputar outras empresas, mas não levou. Isso aumentou o apetite?

Há vários cases de ativos em que a CPFL teve sucesso na aquisição. A companhia olha de forma individual. Escolhe o que tem racionalidade, olha muito para o preço. Em alguns casos, desistiu do processo em função do preço. É uma questão muito importante levada em consideração para investimentos que a companhia venha a fazer.

MARTA SFREDO

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