Americanas contrata Zanin
A Americanas contratou Cristiano Zanin, advogado que defendeu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Operação Lava-Jato e que é cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo da companhia é a presença de Zanin na defesa de processo que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que o banco BTG Pactual briga para seguir retendo R$ 1,2 bilhão do caixa da varejista.
Esse foi o golpe mais duro que a Americanas sofreu em seu caixa desde o início da crise, quando a empresa comunicou inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões. Após o BTG, outros bancos bloquearam recursos da companhia que teve de pedir recuperação judicial de forma atabalhoada para não quebrar, reportando dívidas em torno de R$ 40 bilhões. Após bloqueios judiciais e cancelamento de adiantamentos, a varejista ficou com o caixa quase vazio.
Estoque
As incertezas sobre possível capitalização do trio de acionistas bilionários da Americanas e a batalha de ações judiciais entre a varejista e os grandes bancos pode encurtar o tempo que a companhia conseguirá manter suas operações. Especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo apontam que, sem dinheiro em caixa, nem crédito na praça, os estoques da companhia não devem ultrapassar a marca de quatro meses, o que seria uma "bala de prata" para possível falência da Americanas.
Apesar das divergências em relação a um prazo final, nomes do mercado e do varejo concordam que sem a injeção de dinheiro para viabilizar compras à vista - uma demanda de fornecedores receosos com a ideia de "calote" - daqui três meses, os centros de distribuição da Americanas não verão caminhões descarregar mercadoria. Isso porque tradicionalmente os pedidos têm um prazo mínimo de três meses para serem entregues pelos fornecedores.
- Se não houver reabastecimento, vários itens começam a faltar, mesmo antes desse prazo - afirma Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial.
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