09
de dezembro de 2013 | N° 17639
PAULO
SANT’ANA
Grêmio maior em 2014
Não
sei por que dei com os olhos, no fim de semana, na biografia de Júlio César, o
grande imperador romano, que governou de 49 a 44 a.C.
Não
me saem da memória as grandes conquistas de campo de Júlio César, invicto de
todas as batalhas até sua morte. Até que caiu, diante da estátua de Pompeu, vítima
de uma conspiração de cerca de 80 senadores.
Júlio
César foi atingido por 23 punhaladas. Uma somente delas lhe foi mortal. Sustentam
muitos historiadores que durante as 23 estocadas ele não disse uma só palavra.
Apenas
Suetônio contou que ele, ao ver Bruto entre seus apunhaladores, disse: “Até tu,
Bruto!”, de quem tinha sido fiel amigo.
Tombado
Júlio César, sucederam-se durante dias, talvez meses, revoltas populares
acompanhadas por Marco Antônio. Muitas cabeças rolaram, parte do povo apoiou a
conspiração e o assassinato, parte rebelou-se contra eles e houve o
enfrentamento popular nas ruas.
Júlio
César foi venerado como combatente, estratego, estadista e filósofo. Nunca um
homem reuniu tantas qualificações ao empunhar o poder.
Quando
nasceu, os áugures profetizaram que aquele bebê ia se tornar o maior homem da
História, diante de seu pai, que tinha o mesmo nome dele: Caio Júlio César e
era senador romano.
Só não
profetizaram o seu fim entre as punhaladas.
Foi
maior que Alexandre, maior que Aníbal, maior que Átila, o maior de todos os
guerreiros e conquistadores. Só não pude ver se entre todos esses citados foi o
que mais durou no poder, mas tenho quase certeza de que sim.
Foi
invicto, só perdeu uma batalha, justamente contra os senadores e nobres romanos
que ele mesmo distinguiu. Vejam só que suprema ironia um guerreiro de sua
estirpe ter sua toga manchada por sangue obtido por algozes, no centro da
capital romana, seus inferiores hierárquicos que ele próprio nomeou ou elegeu.
No
futebol gaúcho, tudo ocorreu como mais ou menos se esperava: o Grêmio empatou
com uma Portuguesa motivada só pelo empate, o que servia aos dois; o
Internacional, para fechar o desastre colorado neste Brasileirão, empatou com
os terceiros reservas da Ponte Preta. O Grêmio, assim, foi vice-campeão
brasileiro e entra na Libertadores de forma direta.
Agora
eu pergunto: como é que o Grêmio não vai renovar com o Renato, tendo agora
obtido o privilégio de disputar a Libertadores sem maiores delongas no ano que
vem?
Por
isso é que eu digo, contra a opinião das pesquisas que vêm sendo divulgadas,
que o Grêmio tem que renovar o contrato do seu treinador. O que me desanima são
essas notícias de que o Grêmio está mal de finanças, podendo isso comprometer
um time gremista maior na Libertadores do ano que vem.
Isso
me desanima. Não acredito que Fábio Koff vá economizar dinheiro em 2014,
sabendo que o Grêmio está na Libertadores. Não acredito. Isso deve ser conversa
de desinformado.
O Grêmio
tem que formar no ano que vem time superior a este que foi vice-campeão neste
ano. O resto é conversa fiada.
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