Felicidade artificial
O MINISTÉRIO DA SAÚDE DE NOVA ADVERTE: Usar antidepressivo por conta própria para banir sentimentos como tristeza, dor, fracasso, pode deixá-la cada vez mais longe da verdadeira alegria - e mais perto de uma doença.
Texto Sandra Hirata e Giuliana Cury / Foto Alfredo Franco
A estudante de odontologia Flávia, de 26 anos, usou antidepressivo por “indicação” de uma amiga. “Eu estava passando por um momento complicado. Havia terminado um namoro longo e não tinha conseguido a vaga de estágio com que tanto sonhava”, conta.
“Fiquei mal, só chorava, não queria fazer nada.
Então, uma amiga que se tratava com fluoxetina [nome genérico do Prozac] me deu alguns comprimidos para ver se eu melhorava. Agora, sempre que fico deprê, peço socorro a eles.”
Já a artista plástica Nadir, de 35 anos, usou antidepressivo pela primeira vez há cinco anos, por causa da dor de ter perdido a mãe.
“O endocrinologista viu meu estado lamentável e passou a medicação.
Fiquei mais calma e até parei de descontar na comida.” Mesmo acabado o luto, Nadir não abandonou o remédio.
“Tomo por conta própria, para não engordar nem deixar a peteca cair."
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