Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 9 de agosto de 2008
09 de agosto de 2008
N° 15689 - DAVID COIMBRA
Mulheres, mulheres, mulheres
Estava caminhando pela área internacional da Vila Olímpica, tranqüilo, bloquinho e caneta na mão, quando vi aquelas suecas.
Um montão delas, loiras e bronzeadas, como devem ser as suecas, e grandes, e fortes. As suecas são fortes, como se sabe. São possantes e coradas. Muito leite desde pequeninhas, leite espesso, cheio de nutrientes.
As chinesas, por exemplo, não bebem leite. Até acham estranho isso de beber leite de vaca. Resultado: são esguias e delicadas. As suecas, não. As suecas, mesmo sendo magras, mesmo sendo meigas, nota-se nelas a energia do leite bovino. Aquele grupo de suecas exalava tal energia pelas ruas da Vila Olímpica.
Pertenciam à seleção de handebol da Suécia.
Ao vê-las, lembrei-me do meu amigo Potter, uma das estrelas do Pretinho Básico, da Rádio Atlântida, e devotado admirador da mulher sueca. O sol não se deita três vezes atrás da torre do Gasômetro sem que o Potter suspire:
– Ah, eu queria tanto conhecer a Suécia e ver todas aquelas suecas...
Pois bem. Em homenagem ao Potter, pedi que o famoso fotógrafo Maionese registrasse a reunião de todas aquelas suecas do handebol. Aí estão elas (foto abaixo). Bom proveito, Potter, meu velho.
Mulheres, mulheres
Enquanto Lula era entrevistado, duas nadadoras brasileiras pararam para ver. Eram Juliana Veloso, dos saltos ornamentais, morena, 1m60cm, e Tatiane Sakemi, da natação, também morena, oito centímetros mais alta.
Lula falava e elas riam e fotografavam a cena. Vestiam camisetas justas e bermudas ainda mais justas, toda aquela justeza ressaltando-lhes os corpos modelados pela natação.
Dois espanhóis caminhavam pelas cercanias e reduziram o passo, ao vê-las. Eram atletas de sabe-se lá que modalidade. Olharam para elas com evidente interesse humano. Respiraram fundo, os dois.
– Brasileiras... – comentou um. Ao que o outro concordou, num suspiro:
– Brasileiras... E se foram. Falaram pouco, disseram muito.
Mulheres
Esperávamos, eu e dezenas de jornalistas brasileiros, pela chegada de Lula à Vila Olímpica. Estava prevista para acontecer às 12h30min, mas já passava das 13h15min e nada.
Como eu havia chegado ao lugar uma hora antes, já fazia quase duas que me encontrava parado, mochila do laptop às costas, de pé sob o sol inclemente do Oriente Longínquo. Suava e minhas costas doíam e pensava que o repórter sofre. Foram-se mais alguns minutos e de repente alguém anunciou:
– Aí vem o Lula!
Realmente, o carro oficial apontou no portão de entrada. Suspirei de alívio, e, naquele exato momento, outro alguém gritou ao longe:
– A Isinbayeva!!!
Ninguém menos do que a Yelena Isinbayeva, meeen! Sabia que ela andava por lá. O Castiel, do DC, a vira e falara com ela. Contou-me, o Castiel, que até havia ficado nervoso quando aquele olhar azul (foto acima) cravou-se no olhar dele.
Tão nervoso que não conseguiu perguntar direito, não conseguiu pensar em nada inteligente para dizer, só balbuciou para que ela mandasse uma saudação para os amigos do Brasil e ela, fazendo biquinho, mandou um beijo para nós todos brasileiros.
Então, ela estava lá. E agora? Devia permanecer no meu posto e cobrir a chegada do Lula, ou devia entrevistar a Isinbayeva? Lula ou Isinbayeva, Lula ou Isinbayeva, Lula ou Isinbayeva???
As imagens dos dois, do Lula e daquela barba dele, e da Yelena Isinbayeva vestida com o shortinho sumário que veste, essas imagens surgiram ambas em minha mente e se fundiram e, por um momento de aflição, quase vi Lula de shortinho e Isinbayeva de barba. Quase.
O que deveria fazer? A quem deveria dar atenção?
Se fosse até a Isinbayeva, perderia o Lula; se ficasse com o Lula, adeus Isinbayeva, talvez para sempre.
Oh, Deus! Oh, Zeus! Oh, Buda!
Entrevistei o Lula. Os sacrifícios que não faço pelos leitores de Zero Hora...
Os chineses sumiram
Seis horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a região do Estádio Ninho do Pássaro parecia aqueles cenários de filmes de tragédia atômica. Depois da tragédia atômica.
As ruas estavam desertas, limpas, imaculadas. Por elas não passava nenhum carro, a não ser os oficiais. Nelas não caminhava nenhum ser vivo que não estivesse credenciado ou que não fosse policial ou soldado do Exército.
O governo chinês tirou das ruas todos os que não estavam diretamente envolvidos com a Olimpíada. Mas todos mesmo! Não se via ninguém nem nas fachadas dos prédios residenciais. Como conseguiram fazer esse prodígio? Onde se esconderam todos os milhares de chineses que moram naqueles bairros, que foram inúmeros...
... os bairros interditados? Trancaram-se em casa? Não precisam sair para ir à farmácia, ou ir até a venda comprar leite, ou para ir tomar um chope com os amigos?
Esses chineses que, todos os dias, aos milhões, engarrafam as ruas, esbarram-se nas calçadas, correm daqui para ali, para onde foram todos?
Só mesmo um Estado que se serve do cidadão, e não o serve, para realizar tal façanha de ordem e organização.
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