segunda-feira, 29 de julho de 2024


29 de Julho de 2024
ARTIGOS

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Espaço de dignidade e acolhimento

Vida. Esperança. Recomeço. Essas palavras dão nome aos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) implementados pelo governo do Estado para acolher quem perdeu tudo nas enchentes. Uma solução transitória, com dignidade e proteção para as famílias enquanto aguardam suas moradias definitivas. Instalados em Porto Alegre e Canoas, os CHAs foram financiados com recursos do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e são geridos pela OIM, Agência da ONU para Migrações.

Em um esforço conjunto com prefeituras, entidades, ONGs e iniciativa privada, entregamos em pouco mais de um mês os três centros que, juntos, podem acolher mais de 2 mil pessoas. O tempo de quem dorme em espaços improvisados no chão de ginásios e sem nenhuma privacidade é o agora, o imediato. Por isso, um projeto que, em tempos normais, levaria de oito a 10 meses para ser executado foi colocado de pé em semanas.

A colaboração com agências da ONU, como Acnur e OIM, traz expertise valiosa na gestão de crises humanitárias, garantindo que os centros adotem as melhores práticas em acolhimento emergencial. A infraestrutura inclui refeitório, lavanderia coletiva, fraldário, brinquedoteca, banheiros e dormitórios privados, áreas de convivência, internet, três refeições diárias, segurança e assistência médica e social.

No rosto dos acolhidos estão as marcas da superação, de quem perdeu muito - ou quase tudo -, mas tem o bem mais valioso: a vida. Histórias como a da Raquel, do César ou da pequena Helena são distintas e, ao mesmo tempo, comuns: relatos de quem venceu a tragédia e olha para o futuro com esperança para recomeçar.

Mais do que um local transitório, os centros são um apoio para que eles possam dar os primeiros passos e reconstruir suas vidas. A próxima etapa do trabalho nos CHAs será a realização de ações de inclusão, empregabilidade e cursos profissionalizantes. Neste momento em que a solidariedade é tão importante, os centros de acolhimento representam o compromisso com a dignidade humana, garantindo que ninguém seja deixado para trás. _

Gabriel Souza - Vice-governador do Estado

Estrada mais segura, vidas preservadas

Para um país de dimensões continentais, como é o caso do Brasil, as estradas fazem parte da vida das pessoas - conectam destinos, encurtam distâncias, facilitam negócios. No entanto, elas vêm acompanhadas de um lado negativo: acidentes que colocam em risco milhares de vidas.

Não existe mágica para resolver esse problema: é preciso garantir melhores condições de trafegabilidade, com asfalto de qualidade, sinalização completa e serviços eficientes que tragam mais conforto e segurança aos usuários. Em um contexto em que o poder público não dispõe de recursos para fazer frente a essas necessidades, a alternativa está nas parcerias com a iniciativa privada.

Trago como exemplo a Ecosul, que administra 457,3 quilômetros de rodovias no Polo Pelotas, na zona sul do Estado. Divulgado neste ano, um estudo da Agência Nacional de Transportes Terrestres apontou que a empresa teve a mais significativa queda (-46%) no Índice de Segurança Viária (ISV), que avalia os impactos dos serviços e investimentos realizados para a preservação de vidas, entre todas as empresas que administram estradas federais. Além disso, houve redução de 9% na taxa de severidade de acidentes na comparação com 2022, o melhor resultado entre as 24 concessionárias avaliadas.

Tudo isso foi conquistado mesmo com o aumento no volume de tráfego verificado em 2023, quando 15,2% de veículos a mais circularam nos trechos administrados nas BRs 116 e 392. Todas as ações promovidas são, também, resultados de uma iniciativa interna específica criada com esse objetivo, o Programa de Redução de Acidentes (PRA), que analisa todos os acidentes ocorridos e define planejamento e ações, além das campanhas de conscientização sobre o respeito às leis de trânsito.

Felizmente, o Polo Rodoviário Pelotas não teve suas estradas afetadas pela chuva de maio. Mas, resolvemos ajudar na reconstrução e nossas equipes auxiliaram na elaboração de projetos em estradas em outras regiões. A solidariedade nesse momento difícil também gera segurança. Afinal, preservar vidas é o caminho mais importante. _

Fabiano Martins de Medeiros - Diretor-superintendente da Ecosul

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