ARTIGOS - Robôs
De todos os empregos que a inteligência artificial (AI) pode roubar, nenhum me intriga mais hoje do que o dos agentes de mercado - os traders. Aquele profissional do cenário popularizado por filmes como Wall Street, de Oliver Stone; ou livros como Liar?s Poker, de Michael Lewis, populando ambientes caóticos em andares inteiros de bancos de investimento, hoje é uma figura rara. Os negócios fechados pelos antes conhecidos como corretores da bolsa hoje são realizados, cada vez mais, por robôs.
Nesse mercado, os novos bancos e profissionais mais procurados - sejam estrategistas, analistas ou assessores - são aqueles que têm um bom domínio das ferramentas de informática mais eficientes em realizar esses negócios de forma automatizada. Robôs não se importam com micro ou macroeconomia; mesmo que isso possa ser programado nos algoritmos, a força deles é fazer com velocidade a análise de padrões e substituir assim os estrategistas.
Precisamos de líderes que se eduquem em ciência e tecnologia, desenhando planos detalhados para valorizar isso em suas gestões. Quem hoje não priorizar ciência e tecnologia simplesmente não tem mais valor como gestor. _
Cristina Bonorino - Professora de imunologia e pesquisadora 1A do CNPQ
Plano Rio Grande nas Estradas
Inegavelmente, vivemos um período transformador no Rio Grande do Sul. Depois da maior tragédia climática recente do Brasil, estamos enfrentando desafios inimagináveis para nos reerguer em todas as áreas. No setor de transportes, não é diferente.
Para se ter uma ideia da magnitude, da complexidade do problema, no km 88 da ERS-129, entre Muçum e Vespasiano Corrêa, no Vale do Taquari, houve uma erosão, um desmoronamento de terra do tamanho de um prédio de 13 andares! Também seria possível colocar um campo de futebol profissional na cratera!
Esses dados ilustram a dimensão dos danos em apenas uma das rodovias que foram severamente danificadas pelas enchentes, que atingiram mais de 13 mil quilômetros de estradas, sendo mais de 8 mil quilômetros estaduais e mais de 5 mil quilômetros federais.
No auge do problema, foram 403 pontos de rodovias afetados, dos quais já temos 76% liberados em todo o Estado. Aliás, a reconstrução total deste trecho da ERS-129, citada aqui como exemplo, está inserida no Plano Rio Grande, um programa robusto, inédito de reconstrução, adaptação e resiliência climática que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.
Sob o comando do governador Eduardo Leite e do vice-governador Gabriel Souza, trabalhamos com duas projeções de investimento para reconstruir rodovias e pontes: o custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 10 bilhões!
Nosso plano de ação, já em curso, abrange 30 obras prioritárias, espalhadas em diferentes regiões, que foram elencadas depois de um amplo estudo levando em conta critérios técnicos de mobilidade entre regiões afetadas e seus respectivos impactos econômicos para o Estado.
Com muito trabalho, fé e união, seguiremos trabalhando incansavelmente para nos reerguermos e melhorarmos a qualidade de vida de todos os gaúchos. _
Juvir Costella - Secretário de Logística e Transportes do RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário