terça-feira, 8 de janeiro de 2019



08 DE JANEIRO DE 2019
RBS BRASÍLIA

Armadilhas das redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro sempre soube usar muito bem as redes sociais para falar diretamente com seu público. O que mudou agora é que suas declarações têm um peso ainda mais forte. Afinal, é o mandatário do país. Suas postagens estão sob o escrutínio de todos, não existe mais apenas apagar uma mensagem e ela deixar de existir. 

Foi o que ocorreu na polêmica envolvendo o contrato anual de aluguel de carros para o Ibama em torno de R$30 milhões. Ao retuitar uma mensagem do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre o assunto, Bolsonaro comentou que seu governo está desmontando rapidamente montanhas de irregularidades. Por mais que seja importante encontrar o que está errado e arrumar a casa, o presidente precisa ter certeza de que há mesmo algum problema para então se manifestar. 

Ajulgar pela rapidez com que apagou a mensagem, esse não era o caso. Ao comentar a confusão envolvendo aumento do IOF e mudanças na tabela do IR, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, lembrou que o peso nas costas do presidente é muito grande e que ele acaba ouvindo muita coisa, sem ter tempo de conferir se o que ele ouviu está valendo ainda. Se é isso que está realmente acontecendo, a situação é ainda mais complicada. 

É bom lembrarmos que uma declaração do presidente, mesmo que com a melhor das intenções, pode provocar a disparada do dólar, a queda da bolsa, por exemplo. Bolsonaro hoje não pode mais se dar ao luxo de publicar uma declaração e deletá-la depois. Todas as suas falas são, sim, uma posição de governo.

DENATRAN

Uma das prioridades do novo diretor do Denatran, o gaúcho Jerry Adriane Dias Rodrigues, será ampliar a troca de informações entre municípios, Estados e União. Hoje nem sempre os dados dos motoristas, por exemplo, estão disponíveis em todos os bancos de dados do país.

LEI ROUANET

Entre as mudanças na Lei Rouanet analisadas pelo Ministério da Cidadania, responsável pela Cultura, estão a redução do teto anual de R$ 60 milhões em projetos apresentados pela mesma empresa, o aumento de 10% para 40% na oferta de ingressos gratuitos por espetáculo, além de criar uma ferramenta que ateste a “qualidade” das propostas.

Colaborou Mateus Ferraz - SILVANA PIRES

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