Hora de dar as mãos
No início da manhã de ontem, o governador Eduardo Leite foi cobrado por estar em seu gabinete e não próximo de quem precisava de socorro. Leite alegou que tinha entrevista coletiva marcada para as 9h30min, na qual detalharia o que o governo estava fazendo.
Na entrevista, disse que a prioridade era usar os helicópteros do Estado no resgate das vítimas que estavam isoladas, algumas nos telhados das casas.
À tarde, Leite entendeu o simbolismo de estar presente e rumou para Lajeado, cidade que com frequência sofre com as cheias do Rio Taquari. Lá, se encontrou com o prefeito Marcelo Caumo (PP) e, juntos, anunciaram medidas para socorrer a população.
Hoje, Leite retorna ao Vale do Taquari para se encontrar com os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, da Comunicação, Paulo Pimenta, e com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff.
Os ministros vão pousar às 9h no Parque do Imigrante, em Lajeado. Na sequência, visitam abrigos e reúnem-se com prefeitos. Ontem à tarde, Leite ligou para Pimenta e pediu que o governo federal mande mais helicópteros.
O temor no coração do governo é de que o número de mortos seja bem superior aos 21 já confirmados, porque há muitas áreas isoladas e sem comunicação por telefone, onde as equipes de socorro ainda não conseguiram chegar ao longo da terça-feira.
Boa intenção, mau resultado
Este é um daqueles casos em que a pessoa tenta fazer um beija-flor e sai uma coruja: batizar de DiveRSidadania um projeto de formação para o público LGBTQIA+ é uma forçação de barra que sacrifica a língua portuguesa para criar uma marca engraçadinha.
Cidadania é com "c". Que recado esse casamento de diversidade com cidadania passa para quem está se alfabetizando?
Nada contra o programa, que é meritório e vai oferecer 300 bolsas de estudo em tecnologia da informação, com prioridade para pessoas trans e travestis. Na sequência, LGBTQIA+ com deficiência, negros e inscritos no CadÚnico também serão beneficiados.
Os ciclones e enchentes no
Rio Grande do Sul, calor recorde no Centro-Oeste, no Norte e em parte do Sudeste, assim como na Europa e na América do Norte, são sinais de que o planeta está gritando por socorro. Impossível dissociar esses eventos trágicos das mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global.
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