Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
RUY CASTRO
Tsk, tsk
RIO DE JANEIRO - Nenhuma autoridade pode prevenir que um maluco pegue o carro e o jogue contra um grupo de pessoas, fazendo um strike humano, como aconteceu na China nesta segunda-feira.
Mas, no que depender de informação e planejamento, os chineses estão tentando de tudo para evitar vexames durante a Olimpíada. E o que não faltam são determinações do governo a respeito de etiqueta, comportamento e até moda.
Para os homens, foi sugerido que evitem circular de pijama pelas ruas de Pequim, hábito arraigado entre os chineses -aliás, comum também em alguns subúrbios do Rio até os anos 1950.
E não adianta que sejam pijamas de alamares, estampados de dragões, e que o cidadão esteja de cueca por baixo. A medida foi tomada não por anti-higiênica, mas por antiestética.
Certas recomendações são até poéticas: "o cabelo do homem não deve cobrir as sobrancelhas, nem tocar o colarinho"; "pessoas gordas devem evitar roupas com listras horizontais"; e "ambos os sexos devem comer alho com moderação". São normas razoáveis, que até eu pretendo seguir, principalmente a primeira.
Os chineses são disciplinados e adoram cumprir ordens, mas tudo tem um limite. Os éditos proibindo cuspir na rua, por exemplo, continuam inúteis -ninguém segue. Já os protestos em praça pública podem ser feitos, desde que com tema, dia, hora, local e responsável aprovados pela polícia.
Mais importante: o governo está escondendo, com muros e painéis, as partes de Pequim que considera "feias", tipo cortiços ou zonas de baixo comércio. O desfavorecido abre a janela pela manhã e descobre que está sendo emparedado por operários com proteção armada.
A Pequim olímpica, que deseja impressionar o mundo, fica do outro lado do muro e não quer saber de estrangeiros fazendo tsk, tsk.
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