quinta-feira, 31 de março de 2022


31 DE MARÇO DE 2022
INFORME ESPECIAL

Dinheiro na veia para clusters tecnológicos e inovação no RS O guri que roubou a cena

Com foco no ecossistema de inovação do RS, o governo do Estado anunciou, ontem, uma injeção de dinheiro (e de ânimo) em ciência e tecnologia. A promessa é aplicar R$ 45,4 milhões em quatro novos editais na área em 2022, além de outros R$ 17 milhões que já estavam previstos em outros dois editais, totalizando R$ 62,4 milhões.

A verba vem do programa Avançar na Inovação, menina dos olhos do governador Eduardo Leite - que, aliás, decidiu oficializar a renúncia ao cargo apenas hoje, entre outras razões, por conta desse evento no Palácio Piratini. A cerimônia foi prestigiada por pesquisadores e reitores das principais instituições do RS. Leite saiu aplaudido.

- É um momento histórico, com um pacote de investimentos sem precedentes, que terá impactos positivos na economia e na sociedade - destacou o secretário de Inovação, Alsones Balestrin.

Um dos editais, no valor de R$ 24 milhões, envolverá o programa Clusters Tecnológicos, gerido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs). O objetivo é apoiar a criação de conglomerados do tipo para facilitar o surgimento de novos produtos e serviços.

Outro edital previsto é o Techfuturo, que vai oferecer R$ 10,8 milhões para propostas estratégicas que aproximem universidades e empresas. Nesse caso, os projetos inscritos deverão ter como meta desenvolver ou aprimorar um produto, processo ou serviço, com base no que os especialistas chamam de "tecnologias portadoras de futuro".

É, sem dúvida, um novo momento para a ciência no RS. O desafio, a partir de agora, é tirar tudo isso do papel, transformar planos em melhorias concretas e garantir continuidade às iniciativas.

Artur Mota Rodrigues, 3 anos, roubou a cena na Copa Porto Alegre de Slalom em Cadeira de Rodas, na programação dos 250 anos da Capital.

Clara Mota, mãe do pequeno, conta que descobriu ainda durante a gravidez que Artur teria problemas de locomoção devido a uma má formação. Mesmo com o diagnóstico pessimista dos médicos sobre o futuro do filho, Clara diz que a única diferença entre o guri e as outras crianças é o fato de ele usar cadeira de rodas.

Aliás, faz pouco tempo que ele ganhou o equipamento (em novembro do ano passado), mas a adaptação foi rápida.

- Ele sentou na cadeira e parecia que já tinha usado por toda vida. Saiu faceiro, dando voltas - relata Clara.

Promovido pela prefeitura, o evento na orla do Guaíba foi a primeira oportunidade em que Artur esteve com outros cadeirantes. A família mora em Alvorada, mas gosta de frequentar o local por conta da acessibilidade. O menino interagiu, brincou e encantou.

- Eu fiquei muito feliz, deu até vontade de chorar, porque no sorriso dele a gente via o quanto ele estava bem e alegre - diz a mamãe-coruja.

arte - INFORME ESPECIAL

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