quinta-feira, 24 de março de 2022


24 DE MARÇO DE 2022
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Projeto de US$ 1 bilhão no RS está nas mãos da Aneel Um bom século

Depois de garantir licença de instalação (LI) para a usina que viabiliza projeto de US$ 1 bilhão em Rio Grande, há outro obstáculo a ser vencido: a transferência efetiva do complexo que envolve térmica, regaseificadora, píer, gasoduto e linha de transmissão da Bolognesi ao grupo espanhol Cobra. Jaime Llopis, CEO do Cobra no Brasil, falou à coluna ontem, antes de participar de evento da Federasul com Fábio Soares, diretor do Negócio de Suínos da Seara/JBS.

Conforme Llopis, embora ainda falte a LI da regaseificadora, a continui­dade do licenciamento não é crítica, embora impacte cronogramas e prazos.

- O outro grande desafio, que agora é prioridade, é completar o processo de transferência na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). É um processo já feito várias vezes na Aneel.

A agência havia cassado a outorga (autorização para construção) do complexo porque atrasou demais: deveria estar pronto em 2019. No entanto, a Bolognesi entrou na Justiça e conseguiu reaver a outorga. O objetivo, explica Llopis, é negociar a transferência de controle, o que extinguiria a ação, com ganhos para todos:

- Essa é a base das nossas conversas com a agência. Com a transferência, a ação judicial perde o objeto e poderemos nos concentrar nas fases construtivas.

O executivo detalhou que o pedido foi apresentado à Aneel em 2020, mas ainda não foi julgado. Llopis admite que o projeto "arrastava problemas de credibilidade":

- Pairavam dúvidas sobre a viabilidade do licenciamento, que está encaminhada, e a capacidade técnico-financeira, que o Grupo Cobra supre. Temos mais de 20 anos de experiência no setor elétrico no Brasil e capacidade financeira. Queremos quebrar essas dúvidas que vêm do passado, porque não estão mais presentes.

O Grupo Cobra tem pressa, avisa o executivo:

- Não podemos falar em anos, porque isso acabaria com o projeto. É preciso que seja definido rapidamente, para minorar os efeitos do atraso. O projeto é viável, e os procedimentos seguem as normativas da Aneel. Além disso, o projeto aumenta o potencial de desenvolvimento da região e garante suprimento de gás do sul do país. Esses não são os motivos pelos quais fizemos o pedido, mas não se pode abstrair desses resultados.

Llopis afirma que a disparada do preço do gás natural liquefeito (GNL), matéria-prima do complexo, não inviabiliza o projeto, que buscará equilíbrio no longo prazo. O Grupo Cobra, acrescentou, constrói uma regaseificadora de GNL na Alemanha, para reduzir a dependência do gás russo.

Nos três primeiros meses do ano, quase metade dos consumidores brasileiros de espumantes comprou um rótulo da vinícola Salton, de Bento Gonçalves. É o que mostra estudo feito pela consultoria Wine Intellingence concluído neste mês. Estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas consumam a bebida no país.

O estudo avaliou tópicos como índice de conhecimento da marca pelo consumidor, quantas vezes comprou produtos da empresa nos últimos meses e quanto se identifica com a vinícola. A Saltou ficou em primeiro no ranking geral do levantamento.

Segundo o gerente nacional da Wine Intelligence, Rodrigo Lanari, a pesquisa inclui 60 principais marcas nacionais e internacionais.

- Caminhamos para descolar a imagem de que o espumante se restringe a festas e eventos. A bebida tem sido cada vez mais consumida pelos brasileiros em diversos momentos, desde o happy hour até quando se assiste a uma série - afirma Luciana Salton.

No mercado há 111 anos, a Saltou é a vinícola mais antiga em atividade do Brasil e lidera o mercado nacional de espu­mantes há mais de 15 anos.

US$ 121

era o preço do barril do petróleo tipo brent no final da tarde de ontem, resultado de alta de quase 5% só neste dia. Foi resultado de baixos estoques nos Estados Unidos e de problemas em um oleoduto no Casaquistão.

O aumento volta a elevar a defasagem dos combustíveis no Brasil e complica a situação da Petrobras, já sob forte pressão depois do mega-aumento do início do mês. A mudança no comando é iminente e pode redefinir alterações na forma de reajuste nas refinarias. Nesse cenário, surgiu um novo candidato à presidência-executiva da Petrobras: Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, integrante da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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