quarta-feira, 2 de janeiro de 2019


02 DE JANEIRO DE 2019
ARTIGOS

A TRAVESSIA SE FAZ DE MÃOS DADAS


Somos testemunhas de um novo tempo. Mais do que isso: protagonistas da mudança. A eleição de 2018 é a vitória genuína da democracia. Nunca discutiram se tanto as mazelas do país. Amadurecemos todos. Há o discernimento coletivo de que a retomada do desenvolvimento não será tarefa simples. Não é missão para um partido ou um líder apenas. A travessia à luz do futuro requer unidade, propósito e trabalho. Não há milagre também.

É preciso seguir uma agenda de reformas capaz de frear a crise fiscal e contagiar positivamente os investidores. Sem tirar a economia do atoleiro, não teremos respostas na segurança, na saúde e na educação. O esgotamento material impossibilita o avanço social. Enquanto a União e os Estados seguirem reféns de um modelo de gestão que consome a receita pelo crescimento vegetativo da despesa, jamais teremos fôlego para investir em áreas essenciais. A sustentabilidade é necessária e passa pelo severo ajuste de contas.

Somente em terreno firme haverá ambiente favorável para o Brasil reagir. Com trabalho e dinheiro no bolso do brasileiro, a roda da economia gira e beneficia a todos, num círculo virtuoso de prosperidade e crescimento. Nesse transcurso, urge a necessidade de o governo incluir a revisão do Pacto Federativo como agenda fundamental para alavancar o novo ciclo. Antes de tudo, o cidadão bate à porta do prefeito quando precisa de ajuda. E a prefeitura é a última a receber recursos para deixar a estrutura de pé.

Não há país próspero com municípios empobrecidos. O todo se melhora pelas partes. Por menos concentração de recursos e por mais igualdade na distribuição. Por menos Brasília e por mais Brasil. A verba pública precisa chegar na ponta. A equação é lógica, pois é na comunidade que o dia a dia é vivido com os desafios, dificuldades e conquistas.

É tempo de superar diferenças pelo futuro que nos une. Chega de nós versus eles. De esquerda contra direita. De uns por alguns. Quem cuidará de todos? Essa batalha nos cabe. A postos, Brasil! A transformação somos nós.

Cientista política - ANDRÉ PACHECO

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