terça-feira, 8 de outubro de 2024



08 de Outubro de 2024
GPS DA ECONOMIA

O que deixa petróleo abaixo de US$ 100

No dia em que se completou um ano do ataque terrorista do Hamas em território israelense, o petróleo voltou a disparar: subiu 3,6%, para US$ 80,93, acumulando alta de 12,8% em sete dias. O conflito no Oriente Médio já envolve cinco países: Iêmen, Irã, Israel, Líbano e Síria.

Apesar de a cotação ter subido, não alcançou os níveis dramáticos atingidos em outros momentos, como o da invasão da Rússia à Ucrânia (veja gráfico abaixo). Conforme a consultoria especializada Rystad, há capacidade ociosa resultante de sucessivos cortes na produção determinados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nos últimos dois anos.

É essa folga que evita disparadas ainda mais acentuadas durante o que a Rystad vê como "uma das mais profundas e abrangentes crises no Oriente Médio das últimas quatro décadas". Hoje, o Brasil é o oitavo maior produtor de petróleo, uma posição acima da do Irã. Mas o país dos aiatolás ainda é o nono maior produtor e tem a quarta maior reserva do planeta. _

As respostas que podem evitar explosão de "Marçais"

Foi por um triz que o candidato mais controverso das eleições de 2024 não teve sucesso. Faltaram 56 mil votos em um universo de 6 milhões para que Pablo Marçal fosse para o segundo turno em São Paulo. Agora, é preciso que regras civilizatórias e eleitorais deem a resposta que não veio das urnas.

Em tempos de discurso de ódio, é uma reafirmação da democracia, sob pena de proliferação de "Marçais" - o que já aparece como risco em próximas campanhas.

Galípolo tem trunfos, mas não blindagem na sabatina

Foi preciso esperar mais de um mês, depois da indicação oficial de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC), mas enfim está marcada para hoje, às 10h, a sabatina no Senado.

Além de ter atuado no mercado financeiro, Galípolo leva dois trunfos para o interrogatório: um corte aprofundado e uma elevação suave do juro básico no currículo e alta quilometragem pelos corredores do Senado. Ajudam, mas não blindam: não faltam potenciais cascas de banana, como a pressão por juro alto, que embute expectativa de alta de 1 ponto percentual em duas reuniões. _

Marta Sfredo

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