terça-feira, 1 de outubro de 2024


Pais pensavam em vender casa para pagar cirurgia

A universitária Samantha Pedroso, 22 anos, fará cirurgia na manhã de quinta-feira, no Hospital Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul (RS). É um dos inícios mais alvissareiros da história de minha coluna.

Desde já, agradeço a cada um dos meus leitores. As redes sociais são capazes de encantar, de nos aproximar de pessoas do bem, de gerar gentileza e nos inspirar com exemplos. Nem sempre são nocivas, nem sempre são ervas daninhas.

Escrevi um texto ontem contando o drama da estudante de Direito da UFPel. Ela dependia de R$ 150 mil para realizar uma cirurgia urgente antes que ficasse paralítica. Ela tem um tumor na região torácica, com fratura em uma vértebra. A compressão medular vem limitando gradualmente seus movimentos. Se precisasse aguardar uma semana, poderia ser tarde demais. Sem recursos financeiros, sem cobertura de plano de saúde, só lhe restava a campanha de financiamento online.

Em 12 milagrosas horas após meu apelo no Instagram e em GZH, ela arrecadou R$ 200 mil (R$ 100 mil no Pix e R$ 100 mil na Vakinha), ultrapassando a meta. Pagará o procedimento cirúrgico, o tratamento e as diárias de sua internação pela rede privada no hospital desde a última quarta-feira.

- Foi surreal, parecia que eu estava enxergando errado os números - confessa Samantha.

Ela não conseguia mais falar senão gritando de euforia.

Seus pais, Eliana Beatriz, auxiliar de escritório, e Iba de Freitas, safrista, gastaram a voz de tanto que comemoraram. Experimentaram assim uma outra e mais grata rouquidão, após estarem afônicos de tanto rezar.

- Eles já analisavam possibilidades de pegar dinheiro emprestado e vender a nossa casa.

A mãe promete retornar à igreja, o pai também recuperou a crença. Os parentes que andavam dispersos se uniram. Desconhecidos se mostraram anjos de repente. Todos nasceram de novo.

Quando entrevistei Samantha, eu disse que ela não tinha mais que se preocupar: a cirurgia já era uma realidade e aconteceria na próxima semana. Ela não entendeu, apenas aceitou a minha sandice.

É que eu havia orado para meu padroeiro, São Francisco de Assis.

Por mais que fé não se explique, esclareço o que se passou dentro do meu coração: recebi diagnóstico de retardo mental aos sete anos. Minha mãe tirou licença do seu trabalho para me ensinar a ler e escrever em casa. Era um caso perdido, ninguém acreditava na minha alfabetização. No dia 4 de outubro, justamente no Dia de São Francisco de Assis, contra as expectativas, regressei à escola e conquistei meu primeiro "A", depois de ser reprovado em todas as provas anteriores ao longo do ano.

Eu pedi que Samantha fosse tratada até o Dia de Assis. Nesta sexta-feira, ela já terá feito a operação.

É uma batalha vencida de uma extensa guerra pela frente. Nada está garantido, ainda enfrentará a intervenção delicada e a biópsia do câncer, mas tudo é novamente possível - formar-se, virar juíza, dar seu testemunho em livro, encher o seu lar de cachorros e namorar pela primeira vez. Pois Samantha, com a ajuda de Deus e a solidariedade humana, voltou a ter futuro. 

CARPINEJAR


01 de Outubro de 2024
NILSON SOUZA

Prezado Mundo!

- Eu falhei com você! - penitenciou-se ele, antes mesmo de saber se seria bem ou malsucedido no seu intento.

Não foi o único. - Nós todos falhamos com você, prezado Mundo!

Desde o início dos tempos. Recebemos um paraíso: florestas imensas, terras férteis, rios transparentes, animais e plantas saudáveis. A máquina da vida azeitadinha para funcionar a pleno vapor. E nos foi concedida a gerência desse prodigioso ecossistema. Vai lá, humano, tu que tens cérebro e espírito criados à imagem e semelhança dos deuses, comanda esse condomínio bem estruturado e faz com que todos os seus habitantes cresçam, se multipliquem e sejam felizes.

Parecia que ia dar certo. Dominamos o fogo, cultivamos a terra, formamos famílias, edificamos cidades e civilizações, inventamos a escrita, desenvolvemos a ciência, as artes e a comunicação. Beleza pura. Mas alguém deixou aberta a Caixa de Pandora da alma humana. E dela saiu de tudo - os rancores, as fronteiras nacionais, as discriminações, os preconceitos, as crendices, as armas, a ganância, a crueldade e tantos outros males que nem vale aqui descrever.

Deu no que deu. O homem escravizou o homem, tiranos assumiram o poder, a corrupção derrotou a fraternidade. O resultado está aí: poluição crescente, desmatamento incontrolável, queimadas criminosas, conflitos bélicos, genocídios, cidades destruídas, vidas abreviadas, um horror que parece não ter fim.

Falhamos com você, Mundo.

E pur si muove! Quem sabe se nessas voltas que essa vida dá ainda nos recuperamos? Convém não esquecer que a esperança - aquela ilusão pintada de verde - ficou presa no fundo da caixinha. Agarro-me a ela para torcer pelas novas gerações, pelos sobreviventes da insensatez, para que extraiam de suas telinhas luminosas alguma fórmula mágica capaz de devolver paz e harmonia à humanidade. Quem sabe?

Prezado Mundo, boa sorte! 

Nílson Souza


01 de Outubro de 2024
OPINIAO - Editorial

O desafio de evitar o pior

Quase um ano após o bárbaro atentado perpetrado contra Israel pelo grupo terrorista Hamas, o conflito em curso no Oriente Médio ingressa em uma fase crítica pelos riscos de uma guerra total e a possibilidade de a conflagração armada envolver potências extrarregionais. Chega o momento de serem apressadas as negociações diplomáticas para se evitar a possibilidade de uma escalada ainda mais dramática nos combates, que elevaria o sofrimento da população civil da região e alimentaria os receios de um desdobramento global das animosidades.

Os últimos atos do enfrentamento foram os ataques das forças armadas israelenses a alvos da organização extremista Hezbollah no Líbano, onde a milícia atua como um Estado paralelo. A ofensiva, como uma resposta às reiteradas agressões ao território de Israel com o lançamento de foguetes, mirou lideranças do Hezbollah e, na última sexta-feira, eliminou Sayyed Hassan Nasrallah, chefe da organização, após o prédio onde estava, na capital Beirute, ser atingido por mísseis.

As operações contra o Hezbollah, considerado por vários países como uma entidade terrorista, justificam-se pela necessidade de tentar neutralizar uma ameaça constante não apenas aos israelenses, mas ao próprio processo de paz no Oriente Médio. Logo após a investida do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro do ano passado, que resultou em 1,2 mil mortos, 250 sequestrados e atrocidades como estupros e mutilações, a organização xiita lançou milhares de foguetes em direção a Israel, forçando cerca de 100 mil moradores do norte do país a deixarem suas casas.

As forças armadas israelenses deram início na madrugada desta terça-feira, pelo horário da região, a uma ofensiva por terra no território do Líbano. O Hezbollah, no entanto, é muito mais bem treinado e armado do que o Hamas, em Gaza, e um conflito nestes termos teria resultados incertos, com duração indeterminada, mas com a certeza da morte de mais inocentes e angústia da população dos dois lados da fronteira.

Um conflito generalizado na região se configuraria com uma guerra aberta que envolvesse Israel contra os grupos Hamas, Hezbollah e Houtis, estes sediados no Iêmen, possivelmente tragando para os enfrentamentos o Irã, país que financia e incentiva essas organizações em suas pretensões de riscar do mapa o Estado judeu. Poderia ainda atingir patamares inimagináveis se levasse à intervenção dos EUA, aliados de Israel, e Rússia e China, de outro lado, que apoiam o Irã.

Esse cenário obscuro não é de interesse das populações do Oriente Médio ou da comunidade global. Mas é uma situação-limite que não pode ser menosprezada. Os países mais influentes devem se empenhar ainda mais por uma saída diplomática que leve a um cessar-fogo imediato, como pediu no sábado o presidente norte-americano, Joe Biden, logo após dizer que a morte de Sayyed Hassan Nasrallah era um ato de justiça. Idealmente, seria uma trégua que traria outros desdobramentos, como a libertação dos reféns mantidos sob o poder do Hamas e a retomada de negociações em questões de fundo, como o estabelecimento de um Estado palestino, para reavivar a chance de estabilização do Oriente Médio e de convivência pacífica entre os povos da região. _

Opinião do leitor

Porto

Novo porto em Arroio do Sal é ideia meritória. Bilionário, mas estratégico. Mudará a cara da região, alavancando sua economia e a do RS. Temos porto na Capital. Há uma torcida para que tal estrutura se deteriore. Reativar nosso porto também é possível e impulsionaria a economia. Um não exclui o outro. Dragar o Guaíba é providência urgente. Também a Lagoa dos Patos precisa ser desentulhada. Melhoraria o escoamento da água, de cargas e até de transporte de passageiros.

Florí Machado - Advogado - Porto Alegre

Posse de ministra

Em sua posse, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo (ZH, 28 e 29/9), destacou como desafio desmistificar que "direitos humanos são uma coisa de quem defende bandidos". A ministra sabe, como sabemos, que bandidos, enquanto humanos - não enquanto bandidos -, são tão sujeitos de tais direitos como qualquer outro cidadão. O que não dá é para "passar pano" em bandidagem a pretexto da ideia de que bandido é vítima da sociedade, cacoete do seu grupo político. É isso que a ministra também poderia desmistificar.

Jayme Eduardo Machado - Subprocurador-geral da República aposentado - Porto Alegre

Menos municípios

Concordo com o artigo de Daniel Randon "Menos municípios, mais eficiência" (ZH, 30/9). Infelizmente, esse debate não avançou no Brasil. Em 2019, o senador Oriovisto Guimarães propôs um projeto de lei para, gradativamente, incorporar municípios com até 5 mil habitantes ao município vizinho maior. Infelizmente, não avançou. Os municípios pequenos tendem a ficar às moscas, posto que os jovens procuram localidades maiores para viver e crescer; e o que fica, geração após geração, é uma casta política que recebe bem mais do que produz.

Badger Vicari - Jornalista - Francisco Beltrão (PR)

Bets

Oportuno o comentário de Rosane de Oliveira (ZH, 28 e 29/9) sobre as bets e jogatinas. Nosso Congresso, como sempre, anda a passo de tartaruga em muitos assuntos de interesse nacional. Esse caso dos jogos e as queimadas são exemplos dessa leniência. Chego a colocar em dúvida muitos fatos, ou seja, um pênalti, uma expulsão, um cartão etc. É triste chegarmos a esse ponto. Parabenizo a jornalista por abordar esse assunto. Que outros colegas do jornalismo também escrevam, para disciplinar essa área.

Moacir Piamolini - Aposentado - Porto Alegre

OPINIAO

Conexão Brasília
Matheus Schuch

Caminho longo e difícil no combate à "pandemia"

Principal voz do governo contra o que considera uma "pandemia nacional" de apostas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a regulamentação dos jogos significará uma virada de página no combate a ilegalidades e no controle sobre apostadores compulsivos.

Os primeiros efeitos práticos devem ser sentidos a partir de hoje, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dará início à notificação de bloqueio de ao menos 500 sites que não ingressaram no processo de regularização. A reversão do cenário de descontrole, contudo, não será simples.

A exclusão de páginas ilegais estava prevista no início do processo de regulamentação, que entrará em vigor integralmente no início do ano que vem. O problema é que a internet oferece muitas facilidades para driblar o controle estatal. O governo ainda terá de provar que possui capacidade de monitoramento constante, com eficiência e agilidade para bloquear operadores ilegais. Isso até agora não acontece, por exemplo, com canais de TV pirata. A cada bloqueio de páginas online ou aparelhos receptores, surgem outros.

Ao ampliar o controle, também não será simples para o governo fazer com que as casas legalizadas de apostas criem mecanismos eficientes para evitar a dependência de jogos e a descapitalização de apostadores compulsivos. A regulamentação traz uma série de compromissos para as empresas, mas a implementação exigirá também a capacidade de fiscalização.

Instituições financeiras, entidades setoriais de comércio e serviços já expuseram uma série de estudos sobre o impacto que as apostas têm na vida financeira dos brasileiros. Muita gente está deixando de comprar nas lojas, de frequentar restaurantes ou fazer viagens porque o dinheiro está comprometido com apostas. Sem falar em quem perdeu o controle das dívidas adquiridas nos jogos e não consegue mais comprar o básico para sustentar a família.

A tradição de apostar é uma das mais antigas da humanidade, o Brasil possui jogos que o próprio governo administra, divulga e incentiva. Mas a facilidade gerada pelas plataformas digitais, as promessas de ganhos fáceis e até mesmo de substituição de renda chegaram a níveis preocupantes. O governo acerta em criar regras e tentar separar operadores sérios de sites que não têm qualquer compromisso com a saúde dos apostadores. Mas o combate à "pandemia" está só no começo. _

CONEXÃO BRASÍLIA

01 de Outubro de 2024
INFORME ESPECIAL

Os próximos rumos do Oriente Médio

Israel aumentou muito o seu raio de ação nas últimas 48 horas, ampliando as operações militares para além do Líbano e da Faixa de Gaza. O ataque aos portos de Ras Isa e de Hodeida, utilizado pelos houthis no Iêmen, consolida três frentes de guerra: contra o Hezbollah, contra o Hamas, em Gaza, e contra o grupo extremista que tem disparado foguetes contra navios no Mar Vermelho e fronteira sul israelense. Não é exagero dizer que a guerra total já se faz presente. Talvez o único elemento que falte para um conflito de grandes proporções é a reação iraniana, prometida, mas que, até agora, ainda não ocorreu nessa fase da guerra.

Israel eliminou uma a uma as cabeças mais importantes dos grupos terroristas Hamas, Ismail Haniyeh, e Hezbollah, Hassan Nasrallah. A mais desejada das cartas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agora passa a ser o aiatolá Ali Khamenei, o líder espiritual do regime teocrático iraniano, herdeiro de Khomeini. O religioso, inspirador de movimentos xiitas, no grande arco fundamentalista islâmico do Oriente Médio, foi escondido em um bunker em Teerã.

Trata-se da maior demonstração de força de Israel nas últimas décadas: nem no conflito de 2006, contra a milícia libanesa, foi assim.

Obviamente, a reação dos grupos extremistas é esperada - e, por isso, Israel está em alerta no céu, no mar e nas ruas das principais cidades. A guerra ganha proporções inimagináveis justamente na semana do feriado do Ano-Novo judaico, quando, em 2023, o país foi violado pela ação do Hamas. Os próximos dias indicarão os rumos do conflito: as organizações extremistas tiveram líderes eliminados, mas ainda dispõem de força de combate. A resposta do Irã e da Síria são incógnitas. Mas linhas vermelhas foram superadas. O Oriente Médio não voltará a ser como antes. _

A maioria dos voos cancelados e a tentativa de chegar em Israel

A partir de hoje, a coluna passa a transmitir informações do conflito direto do Oriente Médio. As condições de voos são termômetro da gravidade da situação na região. A maioria das companhias aéreas cancelou os voos que têm como destino o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv. Somente empresas israelenses estão operando.

A maioria das operadoras internacionais não tem seguro para zonas de conflito.

Partindo de Florianópolis para o Rio de Janeiro, a coluna seguiria viagem para Roma, na Itália, onde faria parada, e seguiria a Tel Aviv. Com a escala cancelada, terá de ir até o Egito e deve seguir a viagem via terrestre até Israel. _

Entrevista - Rafael Rozenszajn - Major das Forças de Defesa de Israel (FDI)

"Se o exército não atuasse dessa forma, os danos seriam maiores"

A coluna conversou com major Rafael Rozenszajn, brasileiro e advogado em Israel, que atua há 16 anos nas Forças de Defesa de Israel (FDI).

As ações que estão ocorrendo são limitadas ou em várias frentes?

Israel está sendo atacado em sete frentes diferentes. No 7 de outubro, Israel foi invadido pelos grupos terroristas Hamas e a Jihad Islâmica. Foi o maior ataque da história de Israel e me permito falar que foi um dos maiores do mundo. Foram cerca de 1,2 mil pessoas assassinadas, 5,5 mil ficaram feridas e 251 pessoas foram sequestradas por faixa de trânsito. A população de Israel é de 9 milhões de habitantes, e, de cada mil pessoas no território do país, uma pessoa foi diretamente afetada. Ou seja, a cada mil pessoas, uma foi sequestrada, ficou ferida ou foi assassinada. No 8 de outubro, um dia depois, o Hezbollah decidiu se juntar ao Hamas. E, desde então, o Hezbollah já lançou em direção a Israel mais de 9 mil mísseis, foguetes e aviões não tripulados em direção ao nosso território. Em relação ao Líbano, mais de 60 mil israelenses tiveram de evacuar, porque todos os dias lançam mísseis em direção a suas casas. O exército israelense colocou um novo objetivo: trazer de volta os nossos sequestrados e desmantelar a capacidade terrorista do Hamas. E estamos fazendo tudo o que for necessário para concretizar isso.

E os civis mortos no Líbano?

Antes de mais nada, tem de ser dito que para nós, aqui no Exército de Israel, a morte ou o dano a qualquer civil é uma tragédia. Mas, para os terroristas, isso faz parte da estratégia deles. O alvo deles são nossos civis. Eles lançam foguetes em direção às casas da nossa população. Invadiram o território israelense, entraram numa festa e assassinaram 350 civis que estavam dançando. Invadiram 20 comunidades e assassinaram centenas de pessoas que estavam nas suas camas, inclusive crianças. Estupraram mulheres. Esse é o alvo deles. Em nenhum momento, os civis são os nossos alvos. Nossos objetivos são os terroristas, armamentos ou locais utilizados por eles. 

E fazemos tudo o que podemos para tirar os civis das zonas de combate e dos locais atacados. Como fazemos isso? Nós ligamos, mandamos panfletos, até entramos numa rádio no Líbano para advertir a população a sair de casa. E em todas as mídias disponíveis, avisamos para as pessoas evacuarem as zonas de combate. Não tem nada a mais que possamos fazer para minimizar os danos a civis. O exército é ético e moral, atua de acordo com as normas do direito internacional. E posso garantir que, se o exército israelense não atuasse dessa forma, os danos a civis seriam muito maiores.

O Hezbollah está mais enfraquecido?

Posso falar que foi muito enfraquecido tanto na questão da cadeia de comando da hierarquia quanto nos armamentos. Mas nos últimos dois dias, foram 110 mísseis lançados em direção ao nosso território. Quer dizer: continuam sua agressão, mesmo enfraquecidos. Estamos prontos e preparados para fazer o que for necessário para concretizar o objetivo dessa guerra, que é trazer de volta os nossos civis.

O senhor disse que Israel atua segundo o direito internacional. Os ataques a países soberanos, como o Líbano, não violam esse direito?

Israel está atuando em legítima defesa. Estamos atuando para garantir a defesa dos nossos cidadãos. Isso está totalmente de acordo com as diretrizes do direito internacional, que é o direito de defesa, também acionado para impedir futuros ataques. O Hezbollah também tinha intenção de continuar lançando mísseis, então o exército está atuando para tirar essa ameaça. É muito importante deixar claro que essa guerra não é contra o povo libanês. 

Da mesma forma como a guerra na Faixa de Gaza não é contra o povo palestino. É contra grupos terroristas que têm um objetivo: eliminar Israel do mapa, impedir de se defender, de viver em paz e poder permitir que todos os nossos cidadãos possam voltar para suas casas com segurança. O que qualquer país soberano faria numa situação como essa. 

INFORME ESPECIAL