sexta-feira, 19 de maio de 2023

 Os primeiros noventa anos do Jornal do Comércio

Versão impressa do JC serve com uma curadoria aos leitores

Versão impressa do JC serve com uma curadoria aos leitores


EDMAR SOUZA/ARTE/JC
No próximo dia 25 de maio, que é o Dia da Indústria, nosso querido Jornal do Comércio completará seus gloriosos primeiros 90 anos de circulação ininterrupta, o que é motivo de imenso júbilo para as famílias Jarros e Tumelero, para todos os colaboradores e para a comunidade em geral. Mércio, Giovanni e Stefania Tumelero atualmente dirigem com maestria o JC, em sequência à longa trajetória iniciada por Jenor C. Jarros e continuada pela saudosa Sra. Zaida Jayme Jarros. Nestas últimas décadas, Mércio Tumelero tem liderado importantíssimas mudanças administrativas, tecnológicas e editoriais no JC, com o apoio da família e dos funcionários.

Poucos periódicos rio-grandenses, brasileiros e mesmo estrangeiros podem se orgulhar de existir por tantas décadas. Em geral, jornais têm tempo de vida parecido com a dos seres humanos. Nosso JC é um noventão lépido e faceiro e segue, atualmente, com o laborioso e competente Guilherme Kolling como Editor-Chefe. Nosso JC permanece firme como um eterno blazer azul marinho, sem necessidade de apelar para modismos e concessões.

No início de 1994, eu caminhava pelo Parcão com o querido e velho amigo Mércio e ele, muito gentil, elogiou meus escritos e me convidou para colaborar com o JC. Plinio Dotto me recebeu cordialmente na redação e, inicialmente, escrevi artigos de opinião.

Passados quase 30 anos, acho que não nos arrependemos pelas escolhas e caminhos e seguimos juntos, renovados como a luz da manhã.

Quando o inesquecível jornalista, escritor e crítico de cinema Jefferson Barros tornou-se nosso Editor de Cultura, no final de 1994, passei a assinar uma coluna semanal de livros no jornal.Desde então, a coluna tem sido publicada sem qualquer interrupção. Só não assinei a coluna em uma oportunidade. O motivo era mais do que justificado: eu estava com pneumonia. Mônica Kanitz, a editora na época, me substituiu.

Depois do Jefferson segui na Cultura com Beta Timm, Maria Wagner, Mônica Kanitz, Cristiano Dias Vieira, Carol Zatt e, atualmente, estou sob a batuta do simpático e antenado Igor Natusch. Agradeço a todos os editores pelo apoio e pela paciência, em especial a Maria Wagner, grande pessoa e jornalista cultural, com quem convivi muitos anos e aprendi inúmeras coisas inesquecíveis .

É claro que fico muito feliz e agradecido por poder seguir assentando meus modestos tijolinhos nesta obra em contínua construção e evolução e que tem merecido o reconhecimento da comunidade sulina e de outras partes do Brasil. Num país de grandes e tradicionais jornais como o Brasil e num estado de tanta tradição jornalística como o RS, ser reconhecido como um dos melhores periódicos é um prêmio justo e um importante e enorme desafio para o futuro, que certamente será enfrentado e vencido.

A propósito...

Mantendo a tradicional versão impressa, em paralelo com a moderna e indispensável versão eletrônica e plataformas digitais, o JC vai atravessando as décadas e rumando para o primeiro século de existência preservando os princípios que nortearam sua fundação: o profundo respeito à democracia, à livre economia de mercado e aos clássicos e seculares mandamentos do melhor jornalismo praticado no mundo. Isso é ainda mais altamente relevante num momento em que tantos questionam os caminhos e os conteúdos do jornalismo que vem sendo praticado em nosso Brasil e em outros países. Vida ainda mais longa ao Jornal do Comércio, que corporifica as melhores qualidades de nossa comunidade.

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