Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Michael Jackson
Das milhões de imagens de tua carreira multimídia pós-moderna, Michael Jackson, acho que vamos ficar gostando e lembrando mais das primeiras, aquelas que mostram o saltitante e dançante menino de cinco anos, olhos e sorriso brilhantes de pequeno, puro e genial Mozart dos palcos.
Depois vieram os meganúmeros dos megashows e sucessos e o tempo te transformou rápido demais num inteligente, marqueteiro e astuto adulto. Ou, ao menos, tentou te transformar.
No início da apoteótica e inevitável carreira solo tu deves ter achado deslumbrante aquela fama e aquela grana toda. Aos vinte e poucos já eras universal como Elvis, Jesus, os Beatles e Pelé e de repente já pensavas em dançar o moonwalk lá na lua mesmo, para que todos os seres, de todos os universos, apreciassem tua arte e tua luz.
Os mundos te amavam. E eles eram correspondidos. Nesse mundinho e nesse tempinho onde quase tudo que é sólido ou não se desmancha no ar e tem vida curta de palito de fósforo, tua arte, tua fama e teu sucesso declinaram mais ligeiro do que todos pensávamos.
Os escândalos, as lendas, os processos, os enigmas e os mistérios começaram a tomar conta dos teus dias e noites. Foste atrás do tempo perdido na Terra do Nunca e deves ter morrido pensando em algum trenó perdido no baú da memória da infância, feito o protagonista do Cidadão Kane, o maior filme de todos os tempos.
Tua vida e tua obra também são um dos maiores filmes de todos os tempos. Mas antes de partir aprendeste, como todos nós, que a arte é longa e a vida é curta, que o importante é a poesia e não o poeta e que, ao fim e ao cabo, só a arte e o amor são os reais salvadores de vidas.
Nos últimos anos ficaste, assim como John Lennon, curtindo as grandezas do lar e o crescimento dos filhos, que são as verdadeiras e domésticas celebridades.
Por algum ou muito tempo os humanos vão escarafunchar tuas caixas, teus armários, segredos e caminhos, vão passar horas na internet para saber mentiras e verdades sobre ti e tua vida e vão ficar pensando se eras mesmo o Rei do Pop ou não. Os fãs vão comprar teus objetos em leilões e frequentar a Neverland, que deve tornar-se um novo templo de romaria amorosa.
Essas caras e bocas, esse tititi e essa curiosidade são o que menos importa e tu agora, mais do que nunca, sabes disso. No julgamento do tempo e das pessoas do bem, que são os mais importantes, tua voz, tua música, tua dança, teu brilho e tuas criações e revoluções é que vão passar com nota dez e encantar nossas festas das sextas ou os momentos tristes dos finais de domingo.
O resto é menos, menor. Agora, finalmente, entraste noutra dimensão e deves estar dançando na lua, emprestando um pouco do teu fulgor para as estrelas.
Uma ótima sexta-feira e um excelente fm de semana.
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