08 de setembro de 2008
N° 15720 - KLEDIR RAMIL
Futribol e outros esportes
Em textos anteriores, especulei sobre a possibilidade de um jogo de futebol com três times em campo. Comentei essa idéia com meu amigo Paulo Roberto Falcão, uma das maiores autoridades no assunto, e ele emendou de bate pronto: “Por que não bota logo três bolas no jogo?”.
Taí, gostei da idéia. A coisa pode ficar ainda mais dinâmica e emocionante. Imagine um time avançando em duas frentes e, ao mesmo tempo, tendo que se defender de um ataque adversário. A transmissão por TV digital teria maior riqueza de detalhes, com vários canais simultâneos. Só aí já vamos precisar uns três Galvões Buenos por partida, um pra cada bola.
Entusiasmados com a idéia, o pessoal da NBA me encomendou um estudo para a criação de um jogo de basquete com três equipes na quadra. Pedi um adiantamento em dólares e participação nos lucros. Inclusive no merchandising.
Eles mandaram quatro advogados pra negociar comigo. Você sabe como são os advogados norte-americanos, não é? Tentaram me enrolar e acho que conseguiram. Tudo bem, deve sobrar algum pra mim. Assinei. Não sei exatamente o que, mas assinei.
Com a ressalva de que se forem usar três bolas no jogo, vão ter que pagar um adicional pro Falcão, afinal, a idéia é dele.
Peguei o embalo e formatei trivôlei, trênis... Só não mexi com beisebol. Não consigo entender como aquilo funciona. Que nem as eleições americanas.
Na seqüência, recebi convite de uma empresa japonesa para criar um jogo para videogame. Aí eu enlouqueci. Partindo do princípio que o céu é o limite e utilizando técnicas de efeitos especiais, inventei um jogo com sete bolas, que pode ser disputado tanto com os pés como com as mãos.
Os atletas misturam técnicas de handebol, futsal, tae kwon do, kung fu, corrida de obstáculos e vale tudo. São cinco times em campo. Cada equipe possui um número variável de jogadores, dependendo do desempenho durante a partida e dos pontos acumulados no campeonato.
Os jogadores usam propulsores a jato e não só podem correr pelo gramado, como também podem voar. Desde que não ultrapassem os limites de altura e velocidade.
O jogo em si consiste em fazer uma das bolas chegar até a meta de um dos times adversários, uma espécie de pequeno buraco negro localizado em lugares aleatórios e mutáveis, conforme o ritmo das partículas subatômicas...
Ficou confuso? Peraí que eu também não tô entendendo mais nada. Vou pegar papel e lápis pra fazer um desenho.
Ótima segunda e uma excelente semana, especialmente para você.
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